Haddad transforma AMA em primeiro Hora Certa

A troca de nome e de função do posto médico ocorreu em pouco mais de dois meses e segue fórmula que será usada para tornar ágil a promessa de alcançar 32 unidades até 2016

12 DEZ 2013 • POR • 11h44

Após reforma e ampliação do prédio, a primeira unidade da Rede Hora Certa foi inaugurada nesta quarta-feira, 11, em substituição ao ambulatório de especialidades Maria Cecília, que já funcionava na Freguesia do Ó, zona norte de São Paulo. A troca de nome e de função do posto médico ocorreu em pouco mais de dois meses e segue fórmula que será usada para tornar ágil a promessa de alcançar 32 unidades até 2016.

Ainda neste mês, outras cinco devem ser entregues pelo prefeito Fernando Haddad (PT). A Rede Hora Certa tem como meta reduzir a demanda por exames e cirurgias de baixa complexidade. Atualmente, a fila até para pequenos procedimentos passa de um ano. Com pelo menos duas salas cirúrgicas, a expectativa, quando todas as unidades estiverem em operação, é a de realizar cem mil cirurgias por ano na rede. "Isso não pode ser banho de loja. Vamos desafogar os hospitais", disse Haddad.

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De acordo com ele, o compromisso de campanha foi transformar ambulatórios já existentes em Rede Hora Certa. "Se você recuperar, vai ver que meu discurso sempre foi esse. O ambulatório de especialidades só tinha, quando muito, consultas. Não se fazia o exame de imagem nem cirurgia."

Com custeio mensal estimado em R$ 1 milhão, a Rede Hora Certa da Freguesia do Ó terá, até fevereiro, capacidade para 9 mil consultas por mês, de 15 diferentes especialidades, como oftalmologia e pneumologia. "A AMA Maria Cecília realizava, em média, 7 mil", disse o secretário municipal da Saúde, José de Filippi Júnior. O número mensal de exames passará de 1,5 mil para 2,2 mil.

A Prefeitura também fechou negócio com a Amil e comprou o Hospital Santa Marina, no Jabaquara, zona sul. Com capacidade para até 250 leitos, o centro hospitalar poderá fazer parte da rede em 120 dias. Em leilão realizada em agosto, a Amil arrematou a unidade fechada desde 2011 por R$ 55 milhões. Desde então, a Prefeitura tentava um acordo. Nesta quarta-feira, 11, Filippi Júnior afirmou que a compra foi efetuada por R$ 59 milhões. Segundo ele, é a soma do lance e dos custos do leilão.

A aquisição do hospital, no entanto, pode prejudicar a população da Vila Matilde. Isso porque a região da zona leste tinha a promessa de ganhar um novo hospital. Apesar de não descartar a obra, Haddad afirmou que os próximos investimentos serão feitos, prioritariamente, em Parelheiros, zona sul, e Brasilândia, zona norte.