Dilma e ex-presidentes conversaram por horas em voo

"Foi muito aprazível, foi bom. Conversamos o que pessoas civilizadas conversam nesses momentos - sobre assuntos variados", disse Fernando Henrique Cardoso

10 DEZ 2013 • POR • 21h57

A presidente Dilma Rousseff e os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, José Sarney e Fernando Collor passaram juntos as oito horas do voo da Força Aérea Brasileira (FAB) entre Rio de Janeiro e Johannesburgo, na última segunda-feira, 09. Almoçaram, conversaram, jantaram e não dormiram. Nesta terça-feira, 10, embarcaram de volta ao Brasil, desta vez em voo com escala em Angola.

Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da agência Estado, os antecessores de Dilma ficaram com a presidente na chamada cabine presidencial, onde há oito poltronas. Collor e Sarney se sentaram de um lado do corredor, FHC de outro, à frente de Dilma e Lula toda hora andando pra lá e pra cá. Dilma convidou os ex-presidentes para acompanhá-la em cerimônia realizada nesta terça-feira em homenagem ao líder sul-africano Nelson Mandela, morto na última quinta-feira, 05.

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"Foi muito aprazível, foi bom. Conversamos o que pessoas civilizadas conversam nesses momentos - sobre assuntos variados", disse FHC. No menu da FAB, foram servidos às autoridades estrogonofe e peixe com camarão.

Ao chegar na madrugada de terça-feira a Johannesburgo, Lula brincou com a imprensa: "Ela (Dilma) quer deixar metade da gente aqui". A presidente, bem-humorada, respondeu que ia levar todos os ex-presidentes de volta "direitinho".

A última vez que os antecessores de Dilma estiveram reunidos foi em maio de 2012, quando foi instalada a Comissão da Verdade, em cerimônia no Palácio do Planalto. Em Johannesburgo, os ex-presidentes e Dilma ficaram nos dois últimos andares de um hotel cinco estrelas, no espaço destinado a autoridades VIP. A presidente quis se reunir com todos outra vez, antes de ir para o estádio Soccer City, palco do tributo a Mandela.

Em novembro, a presidente se irritou ao ser questionada pelo jornal O Estado de S. Paulo se estava seguindo a cartilha de privatizações do PSDB. "O modelo, meu querido, é meu", disparou. FHC contra-atacou: "Ela não aprende". No roteiro pela África, não houve turbulência desta vez - pelo menos não na viagem de ida. A chegada ao Brasil estava prevista para a madrugada desta quarta-feira, 11.