Aécio Neves tenta garantir o apoio do PPS

O Congresso do PPS está previsto para ocorrer de sexta a domingo em São Paulo. O quadro interno da legenda é de racha

4 DEZ 2013 • POR • 22h20

A dois dias do início do Congresso do PPS em que pode ser apresentada uma indicação de apoio a um dos pré-candidatos à Presidência da República, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) partiu para o corpo-a-corpo em busca de apoio da legenda. O Congresso do PPS está previsto para ocorrer de sexta a domingo em São Paulo. O quadro interno da legenda é de racha. O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP) defende que um posicionamento seja tomado durante o evento.

Freire não esconde que prefere apoiar a candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Segundo o deputado, conta com o apoio dos diretórios de São Paulo e Rio Grande do Sul. Aécio teria o apoio de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Já uma candidatura própria é defendida pelo Ceará e Paraná. Em meio a esse cenário, o secretário-geral do PPS, segundo na hierarquia do partido, deputado Rubens Bueno (PR) quer que uma posição só seja tomada apenas março do próximo ano.

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Bueno organizou encontro de parte da bancada para receber uma "visita de cortesia" de Aécio na tarde desta quarta-feira. Freire não participou da reunião. Na saída, o tucano defendeu uma aliança com o partido socialista. "Vamos esperar que naturalmente o PPS tome a sua decisão sem qualquer tipo de pressão. Mas eu não podia deixar de expressar aqui a minha vontade pessoal para que nós possamos caminhar juntos", disse o senador.

"Tenho dito sempre que as afinidades entre o PSDB e o PPS são conhecidas e reconhecidas pelos brasileiros. Eu não perdi a oportunidade de vir aqui dizer da importância de nós estarmos mais uma vez juntos. Respeitarei qualquer decisão do PPS, mas a tradição de caminharmos juntos é longa e faz bem ao Brasil", acrescentou. Em seguida, Rubens Bueno se posicionou pelo adiamento de uma decisão por parte da cúpula do PPS. "Defendemos a tese que devemos tomar uma decisão no mês de março ou abril do ano que vem. Não é da tradição do partido tomar uma decisão no Congresso Nacional" afirmou.

Apesar de não ter participado do encontro, Freire rebateu a tese de Bueno. "Eu defendo que saia agora uma indicação até porque com isso o partido fica mais instrumentalizado para discutir inclusive as alianças. Evidentemente que você só vai decidir de forma concreta com as convenções eleitorais. Até lá tudo pode acontecer. Mas um indicativo é importante", afirmou.