Queda de barreira na Rio-Santos dobrou tempo de viagem

Forte chuva provocou a queda de barreira na BR-101 na madrugada desta sexta-feira (4), dobrando o tempo da viagem.

4 JAN 2013 • POR • 15h25

A forte chuva que atingiu Angra dos Reis e imediações, na Costa Verde do estado, provocou a queda de barreiras ao longo da BR-101, nos trechos que cortam o município, fechando temporariamente as pistas nos dois sentidos e fazendo com que o tempo de viagem entre a capital e a cidade do litoral sul praticamente dobrasse.

“Fiquei praticamente quatro horas na estrada e cheguei a Angra de madrugada. Chovia muito, e a estrada fechada fez com que ficássemos retidos em alguns pontos por um longo tempo”, disse à Agência Brasil, Francisca Manuela de Souza, que deixou Itú, São Paulo, com o marido, com destino à Paraty, também na Costa Verde, mas resolveu pernoitar em um hotel de Angra dos Reis, onde chegou por volta das 4h da manhã de hoje (4). “Agora não sabemos o que fazer, pois há a possibilidade de que voltemos a enfrentar problemas. A vontade que dá é desistir e voltar para casa.”

Neste momento, a chuva deu uma trégua na cidade de Angra dos Reis, mas a BR-101 ainda apresenta problemas para quem vem ou vai para o Rio de Janeiro, principalmente, uma vez que as pistas estão sendo fechadas momentaneamente em ambos os sentidos para os trabalhos de remoção de limpeza e retirada da lama que cobre trechos significativos da Rio-Santos.

Os quatro principais deslizamentos ocorreram nas localidades de Camurim, Monçoambaba, Jacuecanga e Tapinhatubá – onde os bombeiros e os agentes da defesa civil de Angra dos Reis continuam os trabalhos de limpeza da pista. Houve ainda dois deslizamentos de terra em duas das estradas municipais, levando também à interdição das pistas.

A prefeitura da cidade informou que, apesar da chuva forte durante toda a madrugada, não ocorreram novos deslizamentos e alagamentos e que a situação melhorou um pouco, embora a cidade continue em estado de emergência, uma vez que é esperado chuver na parte da tarde, principalmente na região da Ilha Grande, onde em 1º de janeiro de 2010 morreram 31 pessoas.

Cento e cinquenta pessoas ainda estão nos cinco abrigos montados pela prefeitura, nove casas foram destruídas por desabamento – todas na localidade de Santa Rita – 39 casas foram condenadas e 85 outras foram parcialmente interditadas, número que pode aumentar uma vez que a Defesa Civil estará vistoriando ao longo do dia mais 150 residências que apresentam risco.