Queimadura leva 8 crianças por dia a hospital de referência em São Paulo

Parte expressiva dos acidentes que causam queimaduras em crianças acontece na cozinha, alerta especialista

4 DEZ 2013 • POR • 18h42

Levantamento do Instituto de Assistência Médica ao Hospital do Servidor Público Estadual (Iamspe) aponta que, em média, oito crianças vítimas de queimadura dão entrada diariamente no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), na zona sul da cidade de São Paulo. Por isso, a instituição, referência no atendimento a queimados no Estado, decidiu fazer um alerta sobre o tema à população.

Segundo o diretor do Serviço de Queimados do hospital, dr. Leão Faiwichow, parte expressiva dos acidentes que causam queimaduras em crianças acontece na cozinha. “Mantê-las longe desse espaço quando o fogão estiver aceso e eliminar o álcool líquido da lista de compras são medidas de prevenção importantes”, afirma.

Leia Também

Excesso de peso prejudica a saúde, afirma pesquisa

Planos de saúde com nota baixa têm 63,5% dos clientes

Antirretrovirais serão usados no País para prevenir aids

Brasil terá teste de aids vendido em farmácia

Principais cuidados com as cirurgias plásticas

Outra dica é usar as bocas do fundo do fogão e manter as alças para trás, evitando que as crianças puxem panelas e entornem sobre os líquidos quentes.

O especialista diz ainda que o produto responsável pelo maior número de queimaduras é o álcool líquido. “A substância é encontrada com facilidade para a compra. Se não for armazenado em local apropriado, as crianças podem muitas vezes usar o produto de forma inadequada, por curiosidade.”

O médico destaca também outros casos frequentes, com substâncias corrosivas, borra de café e leite e água quentes.

O HSPE atende pacientes com queimaduras de 2º e 3º graus. O tratamento é longo e envolve mais de uma especialidade. Em muitos casos, é necessário que o paciente passe por uma cirurgia plástica.

O médico ressalta que é importante buscar ajuda profissional imediatamente e não colocar nada sobre a queimadura. “Em caso de acidente, o ideal é dar um banho frio na criança e correr para o hospital”, conclui.

Além disso, segundo ele, também é necessário que a criança receba acompanhamento psicológico.