Corpo de Déda segue para Salvador, onde será cremado

Durante todo dia, milhares de pessoas foram até ao Palácio Museu Olímpio Campos, no centro da capital, para dar o último ao adeus ao governador

3 DEZ 2013 • POR • 19h25

Parte das cinzas do governador licenciado de Sergipe serão jogadas na praia do Abaís, em Estância, a 67 quilômetros da capital; outra será enterrada próxima a uma árvore plantada por ele e pela família, no Parque Augusto Franco (conhecido como Parque da Sementeira), na zona sul de Aracaju, em 2006, quando ele era o prefeito; e o que restar das cinzas ficará a cargo da família. Esses foram alguns dos desejos de Marcelo Déda, cujo corpo seguiu nesta terça-feira, 03, para Salvador, onde será cremado no Cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Brotas. Ainda não há uma data para colocação das cinzas nestes locais.

Durante todo dia, milhares de pessoas foram até ao Palácio Museu Olímpio Campos, no centro da capital, para dar o último ao adeus ao governador. Por volta do meio-dia, o corpo foi colocado no meio na praça Olímpio Campos, o caixão foi aberto e as pessoas puderam vê-lo. Exatamente como ele disse que queria, houve um culto ecumênico para toda população e, logo em seguida, a Polícia Militar (PM) fez as honras de chefe de Estado. Artistas sergipanos, como Erivaldo de Carira, Joseane de Joza e Jailton do Acordeon cantaram sucessos de Luiz Gonzaga.

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Depois, num caminhão do Corpo de Bombeiros, o corpo seguiu para o Aeroporto Internacional de Aracaju onde um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) já aguardava para seguir para Salvador. O governador da Bahia, Jacques Wagner, que esteve no velório em Aracaju, estava na Base Aérea aguardando a chegada do corpo de Déda e seus familiares.

Livro

O irmão de Marcelo Déda, o desembargador Cláudio Déda, presidente do Tribunal de Justiça de Sergipe, disse que "é uma perda incomensurável para a família. Ele se dedicou muito a sua família dando bons exemplos. Apesar de ser mais velho que ele, quase 15 anos, ele discutia muito comigo a respeito de política nacional e mundial. Ele foi muito culto, gostava de ler bons livros e no início de sua carreira, eu o incentivei a deixar a política, porque a considerava muito ingrata, pensava eu. Meu avô sofreu muito e eu não queria que ele tivesse a mesma colocação de meu avô. Mas ele deixou muita coisa boa, realizou muitas obras estruturantes para o povo mais pobre de Sergipe"

A Presidência da República anunciou que lançará um livro de poesias de Marcelo Déda, a pedido dele próprio. Também já está sendo pensada a criação de um instituto que levará o seu nome. O subsecretário de Desenvolvimento Energético, José Oliveira Júnior, disse que esse instituto será pensado com familiares e amigos mais próximos. "Uma instituição na qual se possa preservar o arquivo pessoal e manter seu legado de valores, de práticas políticas, de credo, o seu ideário político", disse Oliveira.