PF e MPF podem investigar caso de Guarujá

O pedido já foi formulado pelo advogado de Carlos Benaglia, suposta vítima dos procuradores de Guarujá.

4 JAN 2013 • POR • 10h00

O advogado Fernando Tadeu Gracia, que representa o engenheiro Carlos Alberto Benaglia, quer que cópias de todo o inquérito administrativo, iniciado pela Prefeitura de Guarujá, envolvendo os três procuradores afastados por supostos crimes de peculato, falsidade ideológica e prevaricação, entre outros, sejam encaminhadas à Polícia e ao Ministério Público federais. Ele quer os dois órgãos na investigação.

Gracia, que acompanhou seu cliente durante o processo que investiga os procuradores, concedeu entrevista exclusiva ao DL. Ele quer, para instruir processos criminais e cíveis, a escala de todos os funcionários que atuavam na Procuradoria quando seu cliente foi prejudicado; que a Administração averigue se há indícios de enriquecimento ilícito por parte da procuradora Solange Alvarez Amaral (uma das afastadas) e que o procurador Pedro Paulo Fernandes, que alertou o seu cliente, seja ouvido no inquérito.

O advogado pede ainda, por razões óbvias, que seus familiares — que possuem cargos comissionados e concursados, entre eles seu irmão, o advogado Frederico Antônio Gracia, que também é procurador da Prefeitura — sejam impedidos de atuar nos autos do processo administrativo disciplinar.      

Fernando Gracia acredita que o que ocorreu com o engenheiro Benaglia deve ter ocorrido com dezenas de outros munícipes, por vários anos. “O dinheiro de meu cliente não entrou nos cofres públicos. Acredito que tenha indícios de ilícito penal, civil e administrativo. Agora, quantas pessoas devem estar envolvidas? Como se imprime uma certidão negativa falsa? Quantos tentáculos tem esse polvo?”, acrescenta.