Saques de renda fixa de emergentes desaceleram, diz RBS

Levantamento semanal realizado pelo Royal Bank of Scotland (RBS) com dados da consultoria EPFR Global revela saída líquida de US$ 1,4 bilhão de fundos desse segmento no período

22 NOV 2013 • POR • 14h17

A saída de dólares do mercado de renda fixa emergente continuou na semana encerrada em 20 de novembro. Levantamento semanal realizado pelo Royal Bank of Scotland (RBS) com dados da consultoria EPFR Global revela saída líquida de US$ 1,4 bilhão de fundos desse segmento no período. O valor equivale à saída líquida de 0,59% do total das carteiras. Nas últimas 26 semanas, houve saída de recursos da renda fixa emergente em 25 semanas.

O levantamento mostra que a saída desacelerou em relação à semana anterior, quando o fluxo negativo somou o equivalente a 0,76% do total da carteira. Mesmo com essa desaceleração, os analistas do RBS Mohammed Kazmi e Abbas Ameli-Renani observam que o movimento segue acima da média de fluxo negativo semanal próximo de 0,50% observada desde o fim de maio. "Mais uma vez, o fluxo negativo tem sido observado nas carteiras com moedas centrais e também moedas emergentes diante de dados econômicos fracos e o movimento deve continuar nas próximas semanas diante um uma ata mais hawkish divulgada pelo Federal Reserve", dizem os analistas no relatório.

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Por região, o levantamento mostra que a Europa emergente liderou a perda de recursos com saída líquida que equivale a 0,46% da carteira na semana. Em seguida, aparecem a América Latina (saída de 0,40% do total de recursos) e a Ásia (saída de 0,36%).

Por segmento, os dados da EPFR Global mostram saques de US$ 550 milhões de carteiras de renda fixa com títulos emitidos em moeda forte, fluxo negativo de US$ 714 milhões de fundos com papéis em moedas emergentes e saída de US$ 160 milhões das carteiras que usam cesta de moedas. Os analistas notam que o mercado com papéis em moedas emergentes tem sofrido mais nas últimas semanas pelo risco cambial - já que muitas divisas têm se desvalorizado diante da política monetária dos EUA.

No mercado acionário, a fuga diminuiu e houve fluxo negativo de apenas US$ 106 milhões na semana encerrada em 20 de novembro, valor equivalente a 0,01% do total da carteira. No período anterior, a fuga havia somado 0,54% da carteira.