Valor da folha de pagamento na indústria subiu, diz IBGE

No ano, a taxa acumulada é de 2,5%, e, em 12 meses, de 3,8%. Em comparação a setembro de 2012, a folha de pagamento na indústria avançou 2,5%

12 NOV 2013 • POR • 12h55

O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria subiu 1,6% no mês de setembro em relação a agosto, pelo indicador ajustado sazonalmente, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, a taxa acumulada é de 2,5%, e, em 12 meses, de 3,8%. Em comparação a setembro de 2012, a folha de pagamento na indústria avançou 2,5%.

Foram registradas altas em 11 dos 14 locais pesquisados, com destaque para Rio Grande do Sul, com avanço de 5,9% no período. São Paulo registrou a maior contribuição positiva, com avanço de 2,0%. Ainda na comparação contra igual mês do ano passado, o IBGE destacou que o valor da folha de pagamento real da indústria subiu em 13 dos 18 setores investigados, com destaque para alimentos e bebidas (+4,0%). O principal impacto negativo foi observado na indústria de meios de transporte (-1,4%).

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Retração

A retração no número de horas pagas, de 0,6% em setembro ante agosto, não retrata um cenário muito favorável para o mercado de trabalho na indústria, uma vez que é nesta variável que se verifica o ajuste mais intenso da indústria em momentos de baixa atividade, afirmou o coordenador de Indústria do IBGE, André Macedo.

O indicador também apresenta uma sequência de cinco quedas nesse tipo de comparação. "O setor industrial não caminha muito bem", observou. Tanto no ano quanto em 12 meses, o número de horas pagas acumula quedas de 1,0%. "Há mudança de patamar para o emprego dentro da indústria. Algo que mostrava certa estabilidade agora tem claro viés de queda", disse Macedo.

A folha de pagamento real, contudo, reverteu a queda registrada em agosto para alta de 1,6% em setembro. Segundo Macedo, esse resultado se deve a determinado ganho real na recomposição de salários, além de pagamento de participações nos lucros.

Queda no ano

Em 2012, o emprego industrial acumulou queda de 1,4%, a primeira desde 2009 (recuo de 5,0%). Com um resultado negativo de 0,9% no acumulado de janeiro a setembro deste ano (em relação a igual período do ano passado), 2013 caminha para o mesmo rumo. "Já temos nove meses de informação. O emprego teria de recuperar essa queda de 0,9% em três meses", disse. "Se o ano terminasse agora, seria o segundo ano de queda para o emprego na indústria", acrescentou.