MP dos portos causa expectativa

Portuários e avulsos iniciam 2013 preocupados com as emendas à MP para garantia do mercado de trabalho.

2 JAN 2013 • POR • 14h38

Garantir no esboço da Medida Provisória 595, que vai se transformar na nova lei dos portos, as emendas necessárias para garantir o mercado de trabalho das categorias de avulsos e portuários, essa é a grande preocupação das categorias de trabalhadores nesse início de 2013. Sindicalistas se preparam  para ampla mobilização em Brasília, a fim de fazer o famoso corpo a corpo com deputados e senadores com esse objetivo.

Em resolução aprovada pela Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) que se reuniu em São Paulo, no final  de dezembro, a CUT se posicionou em relação à Medida Provisória 595 que regulamenta o setor portuário. A Central vai reivindicar do governo a reabertura da discussão sobre o assunto.

A informação é da Federação Nacional dos Portuários, que junto com outras federações (Fenccovib e Estiva), tenta obter apoio de todas as centrais sindicais para essa frente de batalha. 

Para CUT devido tratar-se de concessão pública em um setor que exige muito investimento, além de ser potencialmente concentrador é necessário amplo debate das medidas com a sociedade e os trabalhadores.

Os trabalhadores prometem mobilizações e manifestações para o próximo mês de fevereiro, e estudam a possibilidade de uma greve de advertência, mas para isso dependem de consenso.

Sindicalistas querem  ampla mobilização dos portuários

Os sindicalistas Rodney Oliveira da Silva, Nei, presidente da estiva de Santos, e Robson Apolinário, presidente do Sintraport, duas maiores entidades de trabalhadores avulsos e de doqueiros do País, afirmam que a mobilização tem que ser intensa para reverter o quadro, pois sem as emendas à MP dos Portos, as categorias serão bastante prejudicadas.

“Nós estamos cogitando uma greve nacional dos portos para 17 e 18 de fevereiro, mas isso vai depeender de aprrovaação em assembleias das categorias que serão realizadas neste mês, em data a ser agendada nesses próximos dias”, menciona Apolinário.

Nei, por sua vez, diz que essa paralisação tem que ser aprovada numa plenária nacional. “Estamos reivindicando que esse encontro nacional envolvendo as três federações (FNP, Fenccovib e FNE), ocorra  em Santos.

De uma coisa os sindicalistas não disordam: as categorias estão agora dependentes das emendas que serão apreciadas pelo Congresso Nacional.