30 pessoas foram hospitalizadas após incêndio em SP

Os 405 moradores tiveram que deixar o local. Segundo Paca de Lima, o edifício é ocupado por estrangeiros, entre eles chineses e bolivianos, o que dificultou o trabalho de resgate

8 NOV 2013 • POR • 13h11

A Defesa Civil de São Paulo prevê que os 6º, 7º e 8º andares do edifício que pegou fogo na madrugada desta sexta-feira, 08, no centro de São Paulo, devem ficar interditados ainda por mais alguns dias. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Jair Paca de Lima, não foi constatado risco de desabamento do prédio, mas parte das instalações elétricas e dos elevadores foi afetada.

O fogo no prédio de 25 andares, localizado no cruzamento da Avenida Ipiranga com a Avenida Rio Branco, começou à 1h, na academia de ginástica Smart Fit, que fica no térreo de um edifício ao lado, de 18 andares, localizado na esquina da Ipiranga com a Rua Boticário. Os 405 moradores tiveram que deixar o local. Segundo Paca de Lima, o edifício é ocupado por estrangeiros, entre eles chineses e bolivianos, o que dificultou o trabalho de resgate.

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Além dos moradores do prédio afetado, vizinhos em outros edifícios também inalaram fumaça. Trinta pessoas foram hospitalizadas, segundo o Corpo de Bombeiros. Dessas, seis foram para o Hospital das Clínicas (HC) e oito para a Santa Casa, onde uma vítima, não identificada, estava em estado grave, com 15% do rosto queimado. Os demais foram encaminhados para o Hospital do Servidor Público Municipal, mas a secretaria de Saúde não soube informar o estado clínico dos pacientes. Mais de cinquenta pessoas foram atendidas e liberadas no local do acidente.

Uma vistoria deve ser realizada no edifício após o rescaldo para apurar a origem das chamas. De acordo com os bombeiros, o fato de as portas corta-fogo da academia terem sido encontradas trancadas dificultou o acesso. Elas tiveram que ser arrombadas e paredes foram quebradas para abrir caminho.

A Prefeitura apura se os edifícios estavam com a documentação em dia. A academia Smart Fit foi procurada pela reportagem, mas ainda não se manifestou.

O trânsito continua complicado e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) recomenda aos motoristas evitar a região. Trinta linhas de ônibus também foram desviadas.