Mais dois chefões do PCC ficarão isolados no RDD

Os presos Júlio César Guedes de Moraes, mais conhecido como Julinho Carambola, e Francisco Tiago Augusto Bobô, mais conhecido como Cérebro, serão transferidos da P2 de Presidente Venceslau

5 NOV 2013 • POR • 21h26

Mais dois chefões do Primeiro Comando da Capital (PCC) ficarão isolados nas celas do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) na Penitenciária de Presidente Bernardes, no oeste de São Paulo. Os presos Júlio César Guedes de Moraes, mais conhecido como Julinho Carambola, e Francisco Tiago Augusto Bobô, mais conhecido como Cérebro, serão transferidos da P2 de Presidente Venceslau por decisão do Tribunal de Justiça (TJ-SP), que sugere a "imediata inclusão" dos detentos no RDD.

O tribunal aceitou o pedido feito pelos promotores do Ministério Público Estadual (MPE). No pedido, os promotores justificam que a "periculosidade (dos condenados) põe em risco a ordem pública" e a segurança da Penitenciária de Presidente Venceslau. Ao todo, o MPE pediu à Justiça a remoção de 35 líderes do PCC, mas o Tribunal de Justiça negou em primeira instância.

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"Os promotores entraram com recurso e o tribunal, desta vez, aceitou transferir oito presos até agora", diz a assessoria do MPE, em São Paulo. Até agora, porém, apenas o presidiário Paulo César Souza Nascimento Júnior, conhecido como Paulinho Neblina, está isolado numa cela do RDD. Os outros presos aguardam transferência e, além de Carambola e Cérebro, serão isolados Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, Fabiano da Silva, o Cansado, Fabiano Alves de Souza, apelidado de Paca, Eric Oliveira Farias, o Quebra ou Gominho, e Daniel Vinicius Canônico, o Cego.

Os sete condenados deverão ser removidos ainda em novembro. Por motivo de segurança, a data da transferência não será divulgada antecipadamente pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Na transferência de Paulinho Neblina, até policiais da Rota participaram da operação e a Rodovia Raposo Tavares foi bloqueada.

Assassinatos

Julinho Carambola foi condenado a 29 anos de prisão pela morte do juiz Antônio José Machado Dias, em 14 de março de 2003, em Presidente Prudente, onde o magistrado era o titular da Vara de Execuções Penais. Além de Julinho Carambola, outros três homens também participaram do crime, cujo mandante foi Marcos Wilians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo do PCC, preso na P 2. Já Andinho é acusado de participação na morte do ex-prefeito de Campinas (SP) Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, em 2001.