Vice do PSB ataca 'gurus' econômicos de Marina

Em artigo publicado na revista Carta Capital nessa semana, Amaral diz que André Lara Resende e Eduardo Giannetti compõem o "campo conservador" da economia

31 OUT 2013 • POR • 23h15

O vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, associou à "tragédia" do governo FHC dois dos economistas mais próximos da ex-ministra Marina Silva, agora aliada de seu correligionário Eduardo Campos, governador de Pernambuco e provável candidato à Presidência. Em artigo publicado na revista Carta Capital nessa semana, Amaral diz que André Lara Resende e Eduardo Giannetti compõem o "campo conservador" da economia.

Nas últimas semanas, Marina tem feito críticas à política econômica do governo federal. Ao Estado, Campos afirmou que o projeto PSB-Rede para a economia será explicado em um documento a ser elaborado por militantes das duas legendas. Do lado de Marina, estão Lara Resende, um dos formuladores do Plano Real, e Giannetti, ao lado da ex-ministra desde sua campanha à Presidência em 2010.

Leia Também

Mantega reafirma promessa de cortar gastos

Dilma sanciona lei que inibe criação de partidos

Padilha detalha medidas de fortalecimento das santas casas

Lula queria estar no lugar de Dilma, diz Perillo

Aécio diz que Lula deve 'parar de brigar com a história'

No artigo, ao avaliar as diferentes visões dos principais adversários eleitorais de 2014, Roberto Amaral afirma que o campo conservador "trabalha sob o marco da tragédia que foi o governo neoliberal de FHC". Segundo ele, um período "definido como exemplar" por aqueles economistas. Amaral ainda colocou na lista os ex-ministros da Fazenda Mailson da Nóbrega e Pedro Malan, e o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga.

Para o vice-presidente, do lado oposto aos conservadores em 2014 estará o "campo progressista", ao qual "cabe consolidar e aprofundar" as conquistas sociais. "O governo Dilma, não obstante a persistente crise financeira internacional, não só dá continuidade ao binômio desenvolvimento-distribuição de renda, como ousa enfrentar o capital financeiro", afirma.

Considerado o maior aliado de Dilma no PSB, o vice-presidente estava entre os integrantes do partido que defendia o apoio da legenda à presidente.

O texto, que embora apareça vinculado ao site da legenda em sites de busca, não está na página do PSB. De acordo com a assessoria do partido, o artigo não chegou a ser publicado.