Governo não dá conta da violência urbana, diz Carvalho

O chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República reuniu-se com entidades para discutir formas de enfrentamento à violência nas periferias

30 OUT 2013 • POR • 19h24

O chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, classificou nesta quarta-feira, 30, a violência urbana de "pesadíssima" e reconheceu que "o governo, sozinho, sabe que não dá conta" de encontrar soluções para o que denominou de "fenômeno". Carvalho reuniu-se com entidades para discutir formas de enfrentamento à violência nas periferias, em mais uma edição do programa "Diálogos governo - sociedade civil".

A ideia, destacou, é ouvir sugestões e estudar a viabilidade de cada uma. "Não queremos tratar a questão de maneira superficial, achando que temos resposta para tudo. Por isso, a nossa postura é de chamar para conversar, ouvir, para que juntos possamos encontrar saídas, respostas, opções", destacou, ao abrir o seminário no Palácio do Planalto. "A gente tem de ter a humildade de reconhecer que, embora tenhamos já feito muito, infelizmente, temos um abismo enorme que nos separa de um processo realmente de sociedade fraterna."

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Participaram, entre outros, os grupos Mães de Maio, Mães em Luta, Mães da Sé, Associação Movimento Nacional dos Desaparecidos, Rede 2 de Outubro e Sociedade Santos Mártires. Os representantes apresentaram sugestões para diminuir a violência urbana, especialmente contra a população considerada mais vulnerável: jovens negros.

Reforço

Em outra frente, o governo pretende elaborar um plano de ação conjunta das autoridades de segurança das esferas federal, estadual e municipal para tentar conter a onda de violência que têm tomado conta das ruas. O ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, se reunirá com os secretários de Segurança Pública dos Estados de São Paulo, Fernando Grella, e do Rio, José Mariano Beltrame, para discutir o assunto.