Habituado à pressão, Luis Fabiano aconselha Pato a aguentar

"Tem que ser forte, aguentar a pressão. As coisas mudam dentro de campo. Tem que ser forte mentalmente para jogar o futebol dele, voltar a fazer gol", disse

29 OUT 2013 • POR • 19h37

Alexandre Pato tem sido cobrado pela maioria da torcida do Corinthians depois de errar pênalti (de forma contestável) que eliminou a equipe da Copa do Brasil. O são-paulino Luis Fabiano, que já passou por muitos momentos de pressão como esse, deu dicas ao colega oito anos mais novo.

"Tem que ser forte, aguentar a pressão. As coisas mudam dentro de campo. Tem que ser forte mentalmente para jogar o futebol dele, voltar a fazer gol. A partir do momento em que voltar a vencer, vão esquecer o que passou", aconselhou o camisa 9 tricolor, de 32 anos, nesta terça-feira.

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"A pressão lá é muito grande, a gente sabe. Mas é colocando objetivos que você reverte a situação. Atacante só reverte qualquer situação, até problemas fora do futebol, fazendo gol. Fazendo gol, tudo fica bem. Infelizmente, ele bateu aquele pênalti daquela maneira, mas agora tem que aguentar. Erros trazem consequências. Agora é correr atrás", continuou.

Afora a eliminação nas quartas de final do torneio que classificaria o Corinthians para a Libertadores em caso de título, o quase recuo no pênalti acarretou insultos que talvez Pato nunca tivesse ouvido ao longo dos 24 anos de idade. No domingo, ele começou o clássico contra o Santos no banco de reservas e, mesmo assim, ouviu tudo o que é ofensa em Araraquara.

Já Luis Fabiano, pouco familiarizado com o banco de reservas na carreira, pode ser novamente cobrado nesta quarta-feira, quando retorna - já como titular - ao time do São Paulo, diante do Atlético Nacional (Colômbia), depois de ser desfalque em seis partidas, por conta de contratura na coxa esquerda. Nesse período, Aloísio o substituiu muito bem, com seis gols.

"A pegarem no meu pé, eu já estou acostumado, independentemente de o Aloísio estar em boa fase ou não. Sempre pegam no meu pé. Mas estou preparado e tranquilo para dar meu melhor. Sei que, fazendo uma boa partida, isso pode mudar", falou o são-paulino, ao negar receio de prejudicar o bom momento da equipe.

"A pressão em cima de mim sempre é grande. Então, eu prefiro muito mais entrar no time em uma fase como essa do que a de alguns meses atrás (de luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro), que vivi e sei o quanto é duro. Agora não tem pressão nenhuma", concluiu o atacante, que também não costuma se dar bem em pênaltis.