MSF diz que 130 mil fugiram do norte da Síria

"Tendo em vista a magnitude das necessidades dessas pessoas desalojadas, a ajuda humanitária é insuficiente", disse o MSF em comunicado

25 OUT 2013 • POR • 12h34

Dezenas de milhares de pessoas fugiram da comarca de Al Safira, norte da Síria, por causa de um bombardeio incessante na região, informou a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) nesta sexta-feira.

Segundo o MSF, que tem funcionários trabalhando na Síria, cerca de 130 mil pessoas deixaram a comarca, que fica na província de Alepo, dentre elas praticamente todos moradores da cidade de Al Safira, centro administrativo da comarca de mesmo nome.

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Esses refugiados se somam aos milhões que tiveram de deixar suas casas desde que a brutal repressão contra protestos, inspirados pela Primavera Árabe, se transformaram numa guerra civil que já deixou cerca de 115 mil mortos.

"Tendo em vista a magnitude das necessidades dessas pessoas desalojadas, a ajuda humanitária é insuficiente", disse o MSF em comunicado.

Marie-Noelle Rodrigue, chefe de operações do MSF, disse que "ataques extremamente violentos" em Al Safira desde 8 de outubro forçaram os que já haviam fugido da violência em outras partes a escapar novamente.

"Essas pessoas chegam em áreas que já abrigam um grande número de desalojados e onde os raros agentes humanitários enfrentam enormes necessidades", disse ela em comunicado.

Segundo a organização, as pessoas que chegam à cidade de Manbij - a nordeste de Al Safira - foram levadas para fazendas próximas, para um acampamento improvisado num estacionamento que tem apenas uma latrina, ou para prédios inacabados que não têm portas ou janelas. O MSF lembra que o inverno na região se aproxima.

Confrontos

O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos informou que curdos combatem rebeldes jihadistas numa cidade do nordeste que faz fronteira com o Iraque, no nordeste do país.

O grupo, que é sediado em Londres, disse que milicianos curso entraram em Yaaroubiyeh nesta sexta-feira e entraram em confronto com integrantes de grupos ligados à Al-Qaeda, dente eles o Jabhat al-Nusra e o Estado Islâmico do Iraque e do Levante.

De acordo com o grupo, os confrontos deixaram mortos e feridos dos dois lados, mas não há detalhes. Outro grupo ativista, os Comitês de Coordenação Locais, disse que pelos menos duas pessoas foram mortas.