Baixada Santista é confirmada no Pacto da Mobilidade

A garantia foi dada na manhã desta terça-feira (22), no gabinete da Vice-Presidência da República, pelo vice-presidente Michel Temer

22 OUT 2013 • POR • 17h47

De Brasília

As nove cidades da Baixada Santista foram incluídas no Pacto da Mobilidade, programa do Governo Federal que dispõe de R$ 50 bilhões para projetos de mobilidade urbana. A garantia foi dada na manhã de ontem, no gabinete da Vice-Presidência da República, pelo vice-presidente Michel Temer e pelos ministros Miriam Belchior (Planejamento) e Aguinaldo Ribeiro (das Cidades).

Oito dos chefes de Executivo da região participaram da audiência, agendada pelo deputado federal Beto Mansur (PRB). Os técnicos das prefeituras voltam a se encontrar sexta-feira na Agência Metropolitana (Agem) da Baixada Santista para definir os projetos prioritários a serem contemplados com os recursos federais. Um deles deve ser o túnel ligando a Zona Noroeste (de Santos) a São Vicente. Outra ideia cogitada ontem pelo prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (PSDB), é o prolongamento do projeto do sistema de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) para até Peruíbe.

Outro encontro entre os prefeitos com os ministros e com Temer deve ocorrer possivelmente em novembro. Também foi citada ontem a ideia da criação de um sistema hidroviário. A ministra do Planejamento foi enfática ao destacar que todos os projetos só serão aceitos se tiverem caráter metropolitano. A verba a ser liberada contemplará tanto os projetos executivos como as obras.

Michel Temer lembrou que um primeiro encontro ocorrido no começo do mês com os prefeitos ficou definido que seriam criadas fórmulas para a liberação desses recursos. Até se cogitou na criação de um consórcio entre as prefeituras. “A reunião de hoje foi mais técnica. Não sei o valor que pode ser liberado, mas a ideia é privilegiar a Baixada Santista”.

Miriam Belchior explicou que os chefes do Executivo fizeram uma explicação ‘genérica” dos projetos na reunião de ontem, mas o Governo Federal precisa do detalhamento dessas propostas. “Vamos trabalhar com um conjunto de projetos que sejam a melhor solução para a Baixada”, assinalou, ressaltando que os projetos que já estão prontos, o Governo Federal já poderá liberar os recursos para a obra. “E quem tiver o projeto conceitual, ainda conceitual, o Governo Federal garante os recursos para o desenvolvimento do projeto e depois volta a discutir os recursos para a obra”.

Segundo detalhou o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), além do projeto do túnel da Zona Noroeste (apresentado ao Governo Federal há cerca de 40 dias), que é considerado por ele “prioridade absoluta” e que deve custar R$ 450 milhões, caso haja disponibilidade, outra ideia é a expansão do projeto dos teleféricos nos morros, onde a Prefeitura conta já com verba para a primeira fase.

Gol de placa
O deputado federal Beto Mansur classificou a inclusão da Baixada no Pacto como um “gol de placa”. “Foi uma reunião vitoriosa. O vice presidente conseguiu convencer a presidente Dilma Rousseff da importância da inclusão da região no Pacto. É importante porque é um financiamento com recursos da União”.

O prefeito de Bertioga, Mauro Orlandini (DEM), pensa em incluir no Pacto o pedido de duplicação de trechos da Rio-Santos.

Além dos prefeitos Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), de Santos; e de Praia Grande, Alberto Mourão (PSDB); Também participaram do encontro Marcia Rosa (Cubatão, PT), Luis Cláudio Bili (São Vicente, PP), Maria Antonieta de Brito (Guarujá, PMDB), Mauro Orlandini (Bertioga, DEM), Marco Aurélio Santos (Itanhaém, PSDB), e Ana Preto (Peruíbe, PTB), além do vice-prefeito de Mongaguá, Márcio Melo Gomes (PSDB).