"Dilma teve coragem de falar na ONU", enfatiza Lula

O ex-presidente da República disse que todos tinham de se orgulhar da presidente pelo discurso dela na Organização das Nações Unidas

28 SET 2013 • POR • 00h34

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a espionagem dos Estados Unidos à presidente Dilma e usou o incidente até mesmo para defender a eleição do ministro da Saúde Alexandre Padilha ao governo de São Paulo em 2014. Durante lançamento da candidatura do ex-prefeito de Osasco Emídio de Souza, na noite de ontem (27), Lula disse que todos tinham de se orgulhar de Dilma pelo discurso dela na Organização das Nações Unidas (ONU) e emendou: "Precisamos eleger o Padilha para enfrentar essa situação. Se, sozinha, Dilma teve coragem de falar na ONU, se tiver por detrás o Padilha fica mais fácil".

Lula afirmou ainda que o Brasil não precisa mais pedir licença para tomar qualquer decisão ou mesmo negociar com outros países não aliados aos americanos. "Desde quando nós precisamos pedir licença para tomar decisão, para conversar, negociar? O mundo tem de entender que acabou o momento histórico que nesse país predominava o complexo de vira-latas".

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O ex-presidente criticou ainda as cobranças internacionais aos programas de aquisição de alimentos de pequenos agricultores pelo governo federal, insinuando que a ação possa ser encarada como subsídio agrícola. "O governo americano questiona até mesmo o programa que estabelecem fundos para merenda. É um momento de insanidade afirmar que a presidente está dando subsídios aos agricultores pequenos".

Sobre o apoio a Emídio, Lula exaltou o fato de ele ser ex-prefeito de Osasco e de não ter nenhum cargo executivo ou legislativo no momento. "No PT está acabando a história de quem só tem importância é deputado, prefeito, presidente. Para ser presidente do partido é preciso alguém com a sua experiência política".

O ex-presidente elogiou ainda o atual presidente estadual do PT, deputado Edinho Silva, o qual, segundo Lula, "foi o que mais se dedicou à organização, sem excluir ninguém", concluiu.