São Paulo acha "difícil" perder Morumbi para duelo contra Bolívar

Time boliviano pediu à Conmebol que o jogo não fosse realizado no estádio do time paulista, alegando falta de segurança.

26 DEZ 2012 • POR • 23h22

O pedido do Bolívar para não jogar no Morumbi contra o São Paulo, pela fase preliminar da Libertadores, parece não tirar o sono dos dirigentes são-paulinos. Nesta quarta-feira (26), o vice-presidente de futebol do clube, João Paulo de Jesus Lopes, garantiu que não tem qualquer informação sobre essa possibilidade e minimizou a tentativa do adversário boliviano.

"Não tenho nenhuma informação, mas acho difícil que isso ocorra. Claro que, se ocorrer, recorreremos e tentaremos de todas as maneiras demonstrar que quem deu causa a todos os problemas que ocorreram foi o clube argentino (Tigre). A entrada de público no campo foi uma comemoração, bem depois do fim do jogo. Até o apito do juiz, o gramado estava intacto. Então, foi uma demonstração de euforia que em nenhum momento colocou alguém em risco", disse o dirigente, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Ao fazer seu pedido à Conmebol, o Bolívar alegou falta de segurança, referindo-se à decisão da Copa Sul-Americana, realizada no dia 12 de dezembro, quando jogadores e comissão técnica do Tigre se recusaram a voltar a campo para o segundo tempo da partida alegando terem sofrido agressão e ameaças de seguranças são-paulinos nos vestiários do Morumbi durante o intervalo. Depois, vários torcedores ainda invadiram o gramado para celebrar a conquista do título.

A Conmebol prometeu julgar o caso em janeiro, quando pode aplicar possíveis punições ao Tigre e ao São Paulo - uma delas é justamente a perda do mando de campo. Mesmo assim, João Paulo de Jesus Lopes não acredita no sucesso do pedido do clube boliviano "Seria até uma surpresa. O futebol sul-americano tem muito alarde, os adversários procuram sempre utilizar outros recursos que não do futebol nas quatro linhas, até porque o futebol brasileiro tem muito mais qualidade do que esses países de menor expressão futebolística", afirmou.

O dirigente ainda disse que as atenções da diretoria estão voltadas para outras prioridades, como a contratação de reforços Como o presidente do clube, Juvenal Juvêncio já havia feito, ele confirmou a tentativa de acertar com um nome do exterior para substituir o meia-atacante Lucas, negociado com o Paris Saint-Germain, mas se recusou a revelar o alvo para não atrapalhar as conversas.

"Nós temos uma diretriz interna de não antecipar nada enquanto não tiver concretizado, principalmente para preservar os interesses, na medida que a concorrência é muito grande. Há duas concorrências: a ativa, com clubes de São Paulo, do Rio Grande do Sul, que entram na briga pelo jogador para levá-lo, e uma mais irresponsável, que não tem dinheiro nem para pagar salário e entra para tentar atrapalhar a negociação", comentou João Paulo de Jesus Lopes.

Apesar do mistério, o nome pretendido pelo São Paulo seria o do atacante chileno Eduardo Vargas, que fez sucesso na Universidad de Chile em 2011 e está hoje na reserva do Napoli. A tentativa são-paulina é de conseguir o empréstimo do jogador, que estaria disposto a deixar o clube italiano para poder jogar.