Santos ganha nesta segunda primeira Estação de Telessaúde

Estação será a primeira do País a ser inaugurada dentro de uma escola pública

Hoje, na Unidade Municipal de Ensino Cidade de Santos, será inaugurada a primeira Estação de Telessaúde Integrada de Bem-Estar do País dentro de uma escola pública. O equipamento é um ambiente capaz de viabilizar cuidados biopsicossociais, integrado a recursos tecnológicos.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

A Estação da UME Cidade de Santos é auto-higienizada e está vinculada com o Programa Santos Jovem Doutor. Dentro dela, as pessoas podem ter acesso a vários serviços e a estação foi projetada por uma equipe multiprofissional, envolvendo arquitetos, profissionais de saúde, de comunicação e advogados para possibilitar atendimento a distância com segurança e de forma humanizada.

São realizados monitoramentos 360 graus (tem três câmeras), possui maca rebatível e poltrona, barra de apoio para exercícios e piso demarcado. A estação possui acessibilidade (pode-se entrar com cadeiras de rodas) e é ergonomicamente adaptada.

Em entrevista ao Diário na última quinta-feira (7), os responsáveis pelo equipamento Mariana Chao e Carlos Vinícius Nascimento de Araújo, da Marichao Arquitetura, explicam que, num primeiro momento, a estação vai atender as crianças e os professores da escola, que poderão realizar uma série de aferições de saúde, reduzindo desperdícios e otimizando o acesso à saúde de qualidade. Depois, será oferecida a familiares e, por fim, para a população de forma geral.

"A primeira estação foi inaugurada na Universidade Federal de Brasília e, agora, essa na escola Cidade de Santos. A cidade possui 25% de sua população já idosa e o Brasil chegará a essa percentagem em 2035. A estação não é para tratamento de doenças, mas para promover a saúde e a qualidade de vida. Ela tem como uma de suas funções o acompanhamento precoce e evitar riscos à saúde", explica Araújo.

Segundo Mariana, no interior da estação, a pessoa é acolhida de uma forma que os exames sejam realizados sem traumas, num ambiente de bem-estar digital. "A estação tem também como objetivo evitar que pacientes necessitem ir a equipamentos públicos desnecessariamente. A ideia é que cada escola do Brasil possua uma estação que faz monitoramento. Nela pode-se, por exemplo, se consultar com psicólogos, nutricionistas, e diversos outros profissionais".

Cada estação custa, em média, R$ 100 mil. Ela pode ser montada em espaços pequenos, no pátio coberto de uma escola. "Ao invés de se construir ou adaptar um imóvel para oferecer serviços, pode-se obter a estação, que chega em 20 dias. Esse é um projeto piloto e integrado ao ambiente escolar", finalizam Mariana e Araújo.

A diretora da Cidade de Santos, Marcia Miguel da Silva, está otimista com a iniciativa. "É uma honra receber a estação. Esperamos que nossos alunos e professores aproveitem bem. Também queremos atingir as famílias. A proposta é muito boa e importante para a escola".