Incels: quem são os homens que se dizem virgens por culpa dos sexualmente ativos
Um rapaz que se declarava parte desta comunidade matou seis pessoas a tiros e facadas, cometendo suicídio em seguida
18 AGO 2022 • POR Gazeta de S. Paulo • 21h29Um termo de origem inglesa tem chamado a atenção de usuários da internet. Incels é a versão curta da expressão "involuntary celibates", ou celibatários involuntários, em Português. Se trata de uma comunidade de homens que se dizem rejeitados, incapazes de concorrer com os sexualmente ativos, e que por isso se mantém virgens. Mas o que chama a atenção com relação a este grupo são alguns casos de assassinato em série e suicídio.
Caso Elliot Rodger - homicídios em série
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Um desses casos aconteceu em 2014, na California, quando Elliot Rodger matou seis pessoas a tiros e facadas e tirou a própria vida em seguida. Publicações nas redes sociais do jovem de 22 anos comprovam que ele sofria rejeição e não entendia o motivo de nenhuma mulher nunca tê-lo beijado.
Caso Alek Minassian - atropelou 10 pessoas
Canadense que se dizia incel foi autor de um atentado que vitimou 10 pessoas. Foto: Reprodução/Linkedin
Toronto viveu um dia de terror quando Alek Minassian entrou em uma van e passou atropelar pessoas nas ruas. As 10 vítimas fatais não podiam imaginar que o motivo daquele ataque era o fato de que o assassino queria matar pessoas sexualmente ativas.
Pouco antes de atentado, Alek postou em uma rede social: "a rebelião 'incel' já começou! Vamos derrotar todos os Chads (homens atraentes e sexualmente ativos) e Stacys (mulheres sexualmente ativas). Todos saúdem o cavalheiro supremo Elliot Rodger!"
Características dos incels:
Segundo reportagem da "BBC" nem todos os participantes dos grupos de incels na internet o fazem puramente por ódio. Alguns têm problema de ordem mental e precisam de tratamento.
"É preciso identificar quem de fato está doente e quem não está. A perturbação desses jovens pode estar relacionada com doenças e traumas, mas também está sendo alimentada pela ideologia", explica a psiquiatra Isa Kabacznik, da Associação Americana de Psiquiatria.