Conjunto Mário Covas está sob investigação em Cubatão

Câmara irá intimar os representantes da CDHU para explicar se existe ou não risco na construção de novas unidades no local

10 AGO 2022 • POR Da Reportagem • 07h33
CEI se debruça sobre a questão do Conjunto Mário Covas, com problemas há meses em Cubatão - Divulgação/ PMC

A Comissão Especial de Inquérito (CEI), na Câmara de Cubatão, que investiga os impactos das obras realizadas pelas empresas TMK Engenharia e a Companhia de Habitação e Desenvolvimento Urbano (CDHU), no Conjunto de Mário Covas, irá intimar os representantes da companhia estadual para explicar se existe ou não risco na construção de novas unidades no local.

A CDHU informou, por meio de email enviado à CEI, que não possui nenhum vínculo com a TMK Engenharia, a qual foi contratada pela Prefeitura de Cubatão para executar as obras de infraestrutura no Conjunto Mário Covas.

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A companhia também mencionou que, até o momento, não iniciou as obras dos novos prédios no local, de modo que não pode ser responsabilizada por eventuais problemas causados pela TMK Engenharia.

Durante os trabalhos da Comissão, os parlamentares decidiram que notificariam a Comissão Municipal de Defesa Civil de Cubatão (COMDEC) e o Corpo de Bombeiros da cidade de Cubatão para que emitam um laudo técnico sobre o estado atual dos prédios e os impactos que a nova obra pode causar.

PARALISAÇÃO

Após a expedição desses laudos técnicos, a Comissão analisará, juntamente com a Procuradoria Legislativa, a possibilidade de solicitar a paralisação das obras, até que os vícios de construção dos imóveis e as avarias sejam solucionados.

A comissão também sugeriu na época que, até que o laudo seja emitido, se avalie o pedido de suspensão do pagamento das parcelas dos moradores atingidos pelos problemas estruturais nos apartamentos do Conjunto Mário Covas.

Durante as reuniões, moradores do Conjunto Mário Covas sugeriram o afastamento do canteiro de obras, pois, segundo eles, o local fica muito próximo aos prédios, causando sérios problemas no dia a dia da comunidade, elevando a sensação de perigo e medo dos moradores.

Atualmente, mais de 160 famílias moram nos blocos 101, 111, 121, 131 e 141 do Conjunto Mário Covas, considerados os mais danificados em termos estruturais e que ficam mais próximos das obras de responsabilidade da TMK Engenharia.