Ocupação de leitos de UTI de Covid-19 só aumenta na Baixada Santista

Região ainda não teve um único dia de diminuição de leitos ocupados durante todo o ano de 2022 segundo Seade

15 JAN 2022 • POR • 07h00
Neste momento, um a cada três leitos da Baixada Santista já se encontra ocupado com pacientes - Divulgação

Os nove municípios da Baixada Santista não passaram um dia de 2022 sem que a taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Pronto Atendimento (UTI) subisse. Desde o dia 31 de dezembro do ano passado, para cá, a estatística subiu de 29,01% para 39,57%, e foi um dos 'combustíveis' que também fez disparar a taxa de ocupação em todo o Estado de São Paulo.

Os dados são todos divulgados diariamente pela Seade, fundação vinculada à Secretaria de Governo, e que hoje é um centro de referência nacional na produção e disseminação de análises e estatísticas socioeconômicas e demográficas.

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Para se ter uma ideia de como o problema vem se agravando, a taxa de ocupação de leitos de UTI na Baixada no último dia de 2021 estava fixada em 29,01%, o que representa pouco mais de 1 leito ocupado a cada quatro existentes no sistema de saúde de toda a Região composta por Santos, São Vicente, Praia Grande, Guarujá, Bertioga, Cubatão, Itanhaém, Peruíbe e Mongaguá. Neste mesmo dia, a Grande São Paulo tinha 30,56% de ocupação e o Estado inteiro contava com 23,72%.

No primeiro dia de 2022, a Baixada teve aumento de 0,48%, indo a 29,49%. Esses números foram a 29,94% no dia 2, para 30,79% no dia seguinte e chegou a 30,97% no dia 4 de janeiro. Sem sinal de que iria 'frear', os leitos de UTI ocupados na Região chegaram a 31,01% no dia 5 e essa estatística saltou 1,03% em apenas 24 horas, indo para 32,04%.

Em 7 de janeiro, último dia útil da primeira semana de 2022, a Baixada Santista contava com exatos 33% de ocupação, o que significa que 1 a cada 3 leitos de UTI já estavam ocupados por alguém que estava doente e precisando de cuidado médico intensivo.

No dia seguinte, a taxa de ocupação foi a 33,99% e o número subiu para 34,52% em seguida. Na última segunda-feira (10), 35,05% dos leitos de UTI estavam ocupados e na terça chegou (11) a 36,43%. Já quarta-feira (12) terminou com 37,21%, que subiu para 38,44% na quinta (13) e culminou com 39,57% de leitos ocupados ontem (14).

Esse crescimento vertiginoso de leitos ocupados na Baixada Santista também acompanhou e, sem dúvidas, potencializou, a mesma estatística observada em São Paulo. Enquanto a Baixada tinha, no último dia 31, 29,01% de leitos ocupados, o Estado estava com 23,72%. Já ontem, quando as nove cidades do litoral beiraram a marca de 40%, todo o Estado de São Paulo foi a 42,78%.

MOTIVO.

Na última quinta-feira (13), o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que as pessoas que não se vacinaram contra Covid-19 são as mesmas responsáveis pelas interações. A declaração foi dada durante a cerimônia de recebimento da primeira remessa de doses pediátricas da Pfizer.

As autoridades sanitárias têm esperança que o avanço da imunização de crianças seja mais uma ferramenta para frear as internações de Covid-19. Nesta sexta-feira, após 24 horas do Governador João Doria anunciar a abertura do pré-cadastro de vacinação para crianças de 5 a 11 anos em São Paulo, a plataforma Vacina Já registrou a marca de mais de 230 mil crianças cadastradas, com a média de 160 registros por minuto.