Brasil

Morre Thiago de Mello, poeta que lutou pela Amazônia, aos 95 anos

Por seu engajamento contra a ditadura, Mello chegou a ser preso e passou anos no exílio, em países como Argentina, Portugal e Chile, onde vivia seu amigo Pablo Neruda

14 JAN 2022 • POR Folhapress • 17h53
Thiago de Mello - Reprodução/ Redes Sociais

O poeta e jornalista amazonense Thiago de Mello morreu nesta sexta-feira (14), aos 95 anos. A morte foi confirmada pela editora Global, que publicava suas obras.

Nascido em Barreirinha, no interior do Amazonas, é um dos poetas mais conhecidos da região, e cantou em prosa e verso sua luta pela preservação da maior floresta do mundo.

Um de seus poemas mais célebres é "Estatutos do Homem", escrito logo após a instauração do regime militar em 1964, que correu o mundo em várias traduções.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Outro de seus livros mais famosos é "Faz Escuro, Mas Eu Canto: Porque a Manhã Vai Chegar", publicado no ano seguinte e tendo sua frase-título lembrada na última Bienal de Arte de São Paulo.

Por seu engajamento contra a ditadura, Mello chegou a ser preso e passou anos no exílio, em países como Argentina, Portugal e Chile, onde vivia seu amigo Pablo Neruda. Voltou ao Brasil após a restauração da democracia, vivendo sempre no Amazonas.

Leia Também

Governo quer criar fundo próprio para substituir Fundo Amazônia

Com Bolsonaro, Amazônia perdeu área equivalente a 3.300 campos de futebol por dia

Com Bolsonaro, exploração de madeira na Amazônia explode e corresponde a 3 cidades de São Paulo