Tempestade no último dia do ano frustra turistas que estão no litoral

Enquanto alguns tentavam se divertir mesmo sob chuva, seja jogando frescobol, vôlei ou caminhada, não era difícil ouvir entre os banhistas a palavra "frustrante", para classificar o clima

31 DEZ 2021 • POR FolhaPress • 18h45
Mirante das Galhetas inédita atração turística de Guarujá com piso de vidro suspenso a 45 metros do nível do mar munícipes e visitantes já podem apreciar uma das paisagens mais belas da Cidade, a praia do Tombo - Divulgação / Prefeitura Municipal de Guarujá

O turista que procurou o Guarujá para se bronzear e se refrescar no mar no último dia do ano encontrou tempo abafado, com pouca abertura de sol pela manhã.

Por volta das 13h o céu escureceu, com uma tempestade seguida por trovões.

Enquanto alguns tentavam se divertir mesmo sob chuva, seja jogando frescobol, vôlei ou caminhada, não era difícil ouvir entre os banhistas a palavra "frustrante", para classificar o clima.

Apesar do tempo fechado, as praias de Enseada e Pitangueiras estavam cheias até o temporal chegar. Mesmo assim, foram poucas pessoas que arredaram o pé da praia, se mantendo sob o guarda-sol.

A grosso modo, não havia quem usasse máscara de proteção contra a Covid-19, mas era possível notar distanciamento entre os grupos.

"É frustrante. A gente esperava muito sol. A gente vem mesmo assim para passear na orla. Quando a chuva chegar a gente vai embora", disse a funcionária pública Nilda dos Santos, 67, enquanto olhava para o céu na praia Enseada.

Quem também procurava o sol eram os namorados João Victor Delfino, 17, e Ketlen Alexandrino, 16, que vieram de Jaú e Bariri, ambas cidades no interior de SP, respectivamente.

"Querendo ou não, a gente queria um sol para entrar na água e pegar um bronze", disse a jovem, enquanto contemplava a paisagem vista do mirante Morro da Campina.

Mesmo sob um tempo fora do comum para os padrões do verão, há quem encontrou diversão em meio aos pingos de água.

O casal Daniel Teixeira, 22, e Giovanna Favero, 21, relatou ser a primeira vez que foram à praia desde o início da pandemia. Moradores de Piracaia, no interior de São Paulo, eles jogavam frescobol em Pitangueiras quando conversaram com a reportagem.

"É estranho por não saber se uso ou não a máscara. Dá um pouco de fobia. Tento não ficar pensando muito. Não é esquecer [a pandemia], mas desencanar", disse a estudante.

Sobre a chuva, ambos disseram não se importar, já que conseguiam se divertir mesmo assim.

Entre o barulho de um trovão e outro e, enquanto cuidava das filhas que brincavam na água rasa na praia, a dona de casa Priscila Lopes, 46, também não se importou com a chuva. "Amo praia de qualquer jeito", disse a moradora da Mooca, zona leste de São Paulo.

"Na cidade da gente está chovendo muito. Estamos ganhando", disse a analista de TI Sandra Maria Carelli, 63, antes da chuva forte. Ela e a amiga, a analista de sistemas Ana Regina Lombardi, 63, vieram de Campinas. Sobre o medo do coronavírus, elas disseram fugir de aglomeração, além de estarem mais tranquilas após receberem a terceira dose da vacina.