Rosana Valle cobra explicações à EMTU sobre problemas que obra do VLT causa na Campos Melo

Rosana foi procurada por moradores que relataram uma série de impactos que já estão sofrendo em consequência da obra em Santos

12 NOV 2021 • POR Da Reportagem • 14h57
Rosana foi procurada por moradores que relataram uma série de impactos que já estão sofrendo em consequência da obra - Divulgação

A deputada federal Rosana Valle (PSB) cobrou da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) informações relativas à segunda etapa de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos, o VLT, em Santos. O pedido se refere às obras em toda a extensão da Rua Campos Melo, no bairro da Encruzilhada, a partir do cruzamento com a Avenida Francisco Glicério, por onde passará a linha deste transporte público. 

Rosana foi procurada por moradores que relataram uma série de impactos que já estão sofrendo em consequência da obra. Problemas que, informaram, poderiam ser evitados se cumpridos alguns compromissos assumidos pela empresa em reuniões com a população e representante do Ministério Público.   

A deputada afirma que não é contra o VLT. “Embora sempre tenha cobrado que esta fase do VLT deveria, também, estar ligando a região continental de São Vicente ao sistema já em operação, de forma a atender toda a população que precisa vir a Santos diariamente para trabalhar”, disse ela.

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Diante dos problemas levantados pelos moradores, a deputada perguntou à EMTU se haverá plantio para compensar as mais de 200 árvores arrancadas nas calçadas, que ainda estão com os troncos cortados à mostra e as raízes encravadas no solo. “Haverá compensação por este impacto ambiental? Onde será feito o plantio? Em que ruas? Em que bairro?”, questionou. 

A parlamentar também pontuou sobre as caixas ou poços de inspeção e limpeza da rede de esgoto agora instaladas e se estavam previstas no projeto original. “Elas teriam que, necessariamente, serem instaladas na calçada, muitas delas na porta das moradias?”
 
A previsão dos equipamentos de isolamento vibracional para evitar danos aos imóveis e quantos foram vistoriados antes das obras também foram um dos tópicos de suas perguntas à empresa. Rosana Valle indaga o motivo pelo não cumprimento da promessa, feita aos moradores, de embutir toda a fiação elétrica exposta no subsolo. “A fiação continuará exposta? Os moradores não terão esta compensação pelos transtornos que já estão suportando?”, perguntou.

Ela pontuou o por quê de os avisos de interdição de ruas são enviados com pouca antecedência e a interdição não se dá quadra a quadra, conforme prometido nas reuniões prévias às obras. Questiona, ainda, qual a extensão das estações a serem implantadas ocupando parte das caçadas e do leito da via pública. “Teriam 20 ou 60 metros de comprimento no projeto original?”.

A deputada também abordou a possibilidade de haver alguma compensação pela perda de mais de 160 vagas de estacionamento no trecho em questão e quantos imóveis a EMTU se comprometeu a vistoriar antes das obras.

Ao final, a deputada pede que a EMTU ouça os moradores e os atenda em uma reunião para discutir estas e outras queixas e propor soluções. “São mais de 3 mil pessoas que merecem respeito”, concluiu.