Você sabia que existe fisioterapia para o pênis? Leia e saiba mais

Segundo o urologista Fernando Facio, chefe do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a fisioterapia peniana é um procedimento para reabilitar o pênis e fazê-lo voltar ao estado natural

23 OUT 2021 • POR • 09h17
*Foto meramente ilustrativa. - Reprodução/Internet

O cantor sertanejo Tiago Silva, que participa de "A Fazenda 13" (RecordTV), disse ontem que faz exercícios para a reabilitação peniana. "Eu faço todo dia minha fisioterapia, venho, tiro a roupa de fora e tomo o meu banho".

Silva, que faz dupla com Hugo, realizou uma faloplastia — que consiste no aumento do órgão genital — e desde que passou a falar publicamente sobre o assunto não saiu mais da mídia. O procedimento aconteceu no meio do ano e ele disse que não corre o risco de deformar o seu pênis.

A fala do peão gerou polêmica nas redes: afinal, como funciona a fisioterapia peniana? Segundo o urologista Fernando Facio, chefe do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a fisioterapia peniana é um procedimento para reabilitar o pênis e fazê-lo voltar ao estado natural.

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Ela é realizada, geralmente, após alguma agressão ao pênis em virtude de sequelas vindas do tratamento de câncer de próstata, traumatismo por laceração ou outros tipos de traumas. "A reabilitação se faz com bombas de vácuo que faz com haja uma sucção do sangue para dentro do pênis, para criar um ingurgitamento, uma ereção artificial. Há também o tratamento medicamentoso que é com uso de remédios que induzem a ereção", explica Facio.

A cirurgia de aumento do pênis é polêmica. A SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), por meio de nota oficial, já afirmou que a contraindica e reforça que não há estudos ou dados científicos que confiram credibilidade, eficácia ou segurança de qualquer técnica de aumento das dimensões penianas. O Conselho Federal de Medicina define como experimentais os procedimentos cirúrgicos de aumento peniano e neurotripsia (D.O.U.; 12 agosto de 1997. Seção 1, p. 17.338.).

Um estudo publicado em abril de 2019 no periódico Scientific Reports avaliou 355 casos de cirurgias estéticas de aumento peniano e concluiu que "a faloplastia cosmética requer um conhecimento profundo da anatomia e da técnica cirúrgica e que a seleção dos candidatos é um elemento fundamental". Segundo os autores, os médicos deveriam excluir pacientes com transtornos psiquiátricos, como o transtorno dismórfico corporal, ou quem já fez a cirurgia e não teve resultados satisfatórios.

*Do UOL/Viver Bem