Brinquedos ou investimentos? Plataforma ensina pais e filhos a gerar renda desde cedo

Seguindo algumas dicas, os pequenos podem chegar aos 18 anos com mais de R$ 20 mil em conta

7 OUT 2021 • POR • 17h05
É possível ensinar as crianças e adolescentes a fazer escolhas mais responsáveis, planejar, poupar e conquistar sonhos - Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Muito se fala que o brasileiro não possui o hábito de guardar dinheiro e investir. Mas, de fato, a única maneira de mudar essa realidade é trazendo a ‘cultura do investimento’ para a mente de todas as pessoas, desde a infância. A mesada, apesar das críticas, pode ser uma forma de ajudar os pequenos a desenvolverem bons hábitos e aprenderem a lidar com o dinheiro de modo mais responsável e eficiente.

Por meio dela, é possível ensinar as crianças e adolescentes a fazer escolhas mais responsáveis, planejar, poupar e conquistar sonhos. Um ótimo presente para o Dia das Crianças, comemorado em 12 de outubro, é começar a ensinar o seu filho a investir. Foi pensando nisso que a Allya, HR Tech com foco em benefícios corporativos e bem-estar financeiro, preparou cinco dicas importantes para iniciar essa cultura do investimento.

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Crie o hábito
A recomendação é que os pais deem, até os 18 anos, um valor por semana versus a idade da criança, dando a possibilidade dela pegar todo o dinheiro, ou, caso queira poupar, dobrar o valor que ela escolher investir. O valor semanal, obviamente, depende da realidade de cada família, mas pode ser algo entre R$ 1,00 e R$ 5,00. Por exemplo, no caso de uma criança de oito anos de idade, que recebe R$ 2,00 por semana, ao final do mês ela terá R$ 64,00 (2 por semana X 4 semanas X 8 anos). Ela pode escolher pegar todo o montante, ou guardar metade do dinheiro, por exemplo - assim, ela receberá R$ 32,00 por mês e o que sobrar é dobrado e deverá ser guardado em algum investimento seguro. Dessa forma, os pais estarão desembolsando R$ 96,00 por mês e, aos 18 anos, esse jovem terá em sua poupança aproximadamente R$ 27 mil. 

Periodicidade
Estude qual a melhor periodicidade para repassar esse valor à criança. Por exemplo, entre os seis e oito anos, o intervalo ideal é semanal, para que a criança comece a se habituar e aprender, aos poucos, o valor do dinheiro no tempo e a importância de controlar a quantidade que gasta. Já entre os oito e 11 anos, os pais podem planejar a mesada a cada 15 dias e, para os mais velhos, o intervalo pode ser mensal, exatamente como é na vida da maioria dos adultos. 

Moeda de troca
A mesada deve ser utilizada como uma importante ferramenta para a aprendizagem financeira do seu filho e, de maneira nenhuma, como objeto de troca. Jamais utilize a mesada como uma recompensa ou punição vinculada ao desempenho escolar, comportamentos ruins e trabalhos domésticos, por exemplo. Esses fatores - estudar, ajudar com as tarefas domésticas e ter um bom comportamento - devem ser ensinadas como um dever e não como uma maneira de ser recompensado financeiramente. 

Doação
Com o passar do tempo, quando a criança já estiver mais madura com relação ao dinheiro versus responsabilidade, é interessante começar a ensiná-la a separar uma quantia destinada à doação para entidades filantrópicas ou para alguém que esteja necessitado. Estimular a solidariedade desde cedo é algo extremamente importante para formar cidadãos conscientes de seus privilégios. 

Seja exemplo 
Quando pensamos em educação de crianças, independente se o tema é dinheiro, o grande diferencial é o exemplo, ou seja, ensinar mais pelas atitudes do que por meio de palavras. De nada adiantará dar uma mesada para os filhos e não ensiná-los sobre o valor do dinheiro, sobre responsabilidade e a importância de poupar e pensar no futuro. Antes de perder tempo pensando no ‘valor ideal’ para uma criança, pense nos ideais que quer passar ao implantar esse tipo de recompensa na sua família.