Polícia investiga desaparecimento de autônomo em Guarujá

Último contato com a família do autônomo foi no dia 27 de julho; irmão afirmou que o desaparecido é usuário de drogas

9 AGO 2021 • POR • 21h08
Matheus Henrique Albuquerque tem 29 anos e é de Ribeirão Preto - Arquivo Pessoal

A polícia investiga o desaparecimento do autônomo Matheus Henrique de Albuquerque, 29 anos, ocorrido no último dia 25 no Guarujá, quando foi visto pela última vez na praia da Enseada. Ele e amigos estavam hospedados na cidade havia dois dias, segundo sua família.
A polícia apura o motivo do desaparecimento do rapaz e também se há pessoas envolvidas com o sumiço. "O caso é investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios, da Deic [Delegacia Especializada de Investigações Criminais] de Santos. Equipes realizam buscas para localizar o desaparecido e esclarecer os fatos", diz nota da SSP (Secretaria da Segurança Pública Pública), que não deu mais detalhes sobre a apuração do caso.
O irmão do autônomo, o representante comercial Mario Ferreira de Albuquerque, 48, registrou um boletim de ocorrência de desaparecimento no último dia 31, três dias após a família perder o contato com o autônomo.
"Me falaram que ele foi a uma balada com amigos na noite do dia 24. Depois disso, um grupo do morro da [Vila] Baiana levou meu irmão para o morro. No dia seguinte [25], os amigos o viram na praia [da Enseada]", relatou o representante, na tarde desta segunda-feira (9) à reportagem.
Neste mesmo dia, os amigos iriam voltar para Ribeirão Preto (313 km de SP), onde moram, incluindo o rapaz desaparecido. "Ligaram para ele no celular, dizendo que estavam voltando para o interior, mas meu irmão falou que precisava resolver umas coisas e que iria embora no dia seguinte", disse o irmão de Albuquerque.
No dia 27, a família recebeu uma mensagem de texto, endereçada à mãe do rapaz, na qual ele teria afirmado que "estava bem" e que "ia embora" no dia 28, o que não ocorreu. "Depois disso, ele não falou mais nada", afirmou ainda o irmão do rapaz desaparecido.
Quando registrou o boletim de ocorrência de desaparecimento, o representante comercial disse à polícia que o irmão "é usuário de droga". A desconfiança da família, segundo o documento policial, é a de que Albuquerque tenha se envolvido com traficantes da região. "Minha mãe está aos prantos e tem muita fé de que ele esteja vivo, preso em algum cativeiro", afirmou o irmão.

NÚMEROS

Dados da pasta indicam que 61,5% dos boletins de ocorrências registrados no estado de São Paulo, do total de 1315 desaparecimentos, são de homens adultos. O desaparecimento de crianças corresponde a 295 casos e, de mulheres, 210.

O QUE FAZER CASO UM PARENTE DESAPAREÇA?
- Caso uma pessoa do seu convívio tenha desaparecido é preciso registrar um boletim de ocorrência no distrito policial mais próximo de sua residência ou pela internet, na Delegacia Eletrônica;
- Além das características físicas da pessoa desaparecida, deve-se informar se ela possui alguma cicatriz ou tatuagem, a roupa que usava no momento do desaparecimento, os hábitos da pessoa, e se ela tem algum vício;
- As fotos de pessoas desaparecidas podem ser divulgadas no portal da SSP. Para que isso ocorra é preciso enviar um e-mail para pessoasdesaparecidas@ssp.sp.gov.br informando o número do boletim de ocorrência e a delegacia onde o caso foi registrado, além do local, data e horário onde a pessoa foi vista pela última vez, bem como suas características físicas e uma foto anexada, no formato JPG.

Fonte: SSP