Músico dribla crise e se apresenta em calçadão em Itanhaém

Ao som de voz e violão, Davi Sertanejo desperta emoção do público

24 JUL 2021 • POR • 07h30
Músico se apresenta quatro vezes por semana em praça - Nair Bueno/DL

Driblar a crise financeira e seguir fazendo o que mais gosta. É essa a intenção do músico e cantor Davidson Vidal Santos, de 28 anos, mais conhecido como Davi Sertanejo, ao se apresentar ao som de voz e violão, no calçadão da Praça Narciso de Andrade, no centro de Itanhaém.

"Decidi dar um jeito de continuar a viver da música. Apesar da pandemia, resolvi apresentar o meu trabalho no calçadão do centro de Itanhaém", revela o músico.

Ele explica que já cantava em alguns bares noturnos, há cerca de um ano e quatro meses, mas com a pandemia teve que parar. Davi também se apresenta na avenida Costa e Silva, em Praia Grande e na avenida Barão do Rio Branco, em São Vicente.

O padrinho dele já havia se apresentado na Cidade, mas ele faleceu devido à Covid-19. Como Davi mora com sua mulher e a filha de cinco anos no bairro Suarão, em Itanhaém, resolveu tentar, para ver se o público aprovava.

Em Itanhaém ele se apresenta há três meses, às segundas, quartas, quintas e sábados, no horário das 10 às 15 horas. Com a volta do funcionamento do comércio, ele pretende retomar o seu trabalho, aos poucos, e se apresentar nos bares aos finais de semana.

O seu repertório é composto por músicas nos estilos sertanejo raiz e romântico, Música Popular Brasileira (MPB), como as músicas de Zé Ramalho, Almir Sater, Zé Geraldo, Djavan, Raul Seixas, além de Amado Batista, Zezé di Camargo e Luciano, entre outros.

INSPIRAÇÃO.

A inspiração para Davi cantar e tocar começou com o exemplo de seu pai, que já era músico e cantor. Desde os 14 anos, ele aprendeu a tocar cavaquinho e violão.

"Ele me ensinava, mas não me deixava pegar no violão. Toda vez que ele saía para trabalhar eu pegava o violão escondido. Certa vez, ele e o parceiro começaram a tocar e comecei a acompanhar. Meu pai foi a minha grande inspiração", revela.

O público, segundo ele, dá um retorno bastante positivo e elogia as músicas, além de pedir para cantar algumas canções, com as de Roberto Carlos. As pessoas também se identificam com as músicas da roça, como o sertanejo raiz.

"Deu tudo certo e foi até melhor do que eu imaginava. Muitas pessoas vêm me elogiar e dizer que mudei o dia delas. A música tem um poder muito grande de emocionar e acalmar o público", destaca.

Davi pede apenas uma contribuição a quem o assiste e cada um oferece a quantia que quiser, em um chapéu deixado em frente a sua apresentação.

Também já trabalhou como designer gráfico em uma gráfica, por dois anos, e em um condomínio durante nove anos, em São Paulo.

Mas como a sua vocação sempre foi a música, mesmo com o início da pandemia, em 2020, ele decidiu que iria ganhar a vida dessa forma. Apesar de o setor cultural ter sido um dos mais afetados, Davi não se arrepende de ter arriscado e seguir com as apresentações.

PLANOS FUTUROS.

Outro instrumento que o músico aprendeu a tocar é a sanfona.

"Sou apaixonado pela sanfona e vou dar um jeito de me apresentar com a sanfona futuramente, pois já estou gravando com o violão no estúdio para acompanhar a apresentação", conta.

Davi está se organizando para gravar, em breve, um CD com 20 músicas em um projeto chamado "Davi Sertanejo nas praças", e outro que será "Bailão", com músicas ao som da sanfona. Também está confeccionando banners, bonés e camisetas para divulgar o seu trabalho.

Interessados em conhecer a trajetória do músico e cantor podem acessar as redes sociais, por meio de seu canal no Youtube e no Instagran como "Davi Sertanejo" e no Facebook como Davi Vidal.