Justiça condena homem que se recusou a usar máscara e desacatou guardas em Santos

Quando solicitados seus dados pessoais para o auto de infração, o homem se apresentou com nome falso

14 JUL 2021 • POR • 10h20
Acusado retirou a máscara do bolso como se fosse colocá-la e continuou caminhando. Foi abordado novamente, desta vez para ser autuado - Agência Brasil

Um homem foi condenado, no último sábado (10), pela 2ª Vara Criminal de Santos, por infração de medida sanitária, falsa identidade e desacato, após se recusar a usar máscara de proteção contra a covid-19, na orla da praia de Santos. A pena foi fixada em 10 meses de detenção, em regime inicial aberto, substituída pela restrição de direitos, com prestação de serviços à comunidade ou entidades públicas, pelo mesmo período, e pagamento de dez dias-multa. À decisão cabe recurso.

O caso ocorreu em 10 de agosto de 2020. O homem estava andando na orla da praia sem máscara de proteção, quando foi abordado pela Guarda Civil Municipal de Santos (GCM) e orientado quanto à obrigatoriedade do uso da proteção. O acusado retirou a máscara do bolso como se fosse colocá-la e continuou caminhando. Foi abordado novamente, desta vez para ser autuado.

Quando solicitados seus dados pessoais para o auto de infração, o homem se apresentou com nome falso. O registro não foi encontrado e, neste momento, ele ofendeu os guardas municipais, tentando fugir em seguida, porém sendo detido.

O juiz Valdir Ricardo Lima Pompêo Marinho afirmou que a prova nos autos deixou claro que o acusado descumpriu, deliberadamente, e sem justificativa, o decreto municipal, o que configura delito de infração de medida sanitária.

Ele ressalta que o decreto segue em vigor e que prevalece na comunidade científica que o uso de máscara é fundamental para evitar a propagação do coronavírus.

Ele também ressaltou o crime de falsa identidade, que se consumiu, independentemente da obtenção da vantagem ou da produção de dano a terceiro, que foi realizado para evitar ser autuado e o crime de desacato que foi plenamente comprovado pelas provas.

PROFISSIONALISMO.
O secretário de Segurança Pública de Santos, Sérgio Del Bel, afirmou que a ocorrência foi conduzida de forma profissional pelos agentes da GCM e seguindo todos os protocolos, o que culminou com a condenação do acusado.

"Isso prova o profissionalismo da Guarda Municipal de Santos e a seriedade com que eles tratam este tipo de ocorrência".

A multa pelo não uso da máscara segue em vigor em Santos, no valor de R$ 300.