Artigo - A fantástica telemedicina

Parece muito provável que em breve tenhamos sistemas inteligentes para consultas. Isso mesmo, nem vamos mais precisar de um médico para uma parte dos problemas

19 JUN 2021 • POR • 10h10
Silvio Sebastião Pinto, Analista Programador e Escritor - DIVULGAÇÃO

Por Silvio Sebastião Pinto

Antes da pandemia o uso da telemedicina era proibido no Brasil pelo conselho federal de medicina (CFM). Mas, o que é telemedicina? Você não precisa entrar num consultório médico para expor os seus problemas, basta ligar para ele pelo WhatsApp, com a câmera ligada, e começar a conversa. Isso mesmo, do conforto da sua casa.

Tudo bem, o CFM defende que nada melhor que o contato físico para avaliar o paciente, e é verdade. Mas atualmente existem outras verdades tão importantes quanto essa, e evitar o contato físico é apenas uma delas. Uma das metas mais ambicionadas pelo ser humano é o conforto, em todos os seus aspectos, e evitar trânsito e busca por uma vaga de estacionamento já seria um bom começo. Uma consulta feita de casa significa um carro a menos na rua, ou uma pessoa a menos num ônibus lotado. Veja que a telemedicina, além de proporcionar um grande conforto, ainda ajuda a resolver outros problemas por tabela.

Veja bem, telemedicina ainda é apenas uma simples consulta; uma cirurgia ou procedimentos mais complexos ainda precisam de um contato físico. Seja como for é um grande avanço e é bem vindo. Eu citei o WhatsApp, mas isso é apenas a ponta do iceberg, já existem aplicativos próprios para isso, e eles são uma verdadeira e completa clínica on-line, já armazenam a conversa, têm a ficha do paciente, têm sistema próprio de agendamento e até alertam o paciente a hora da consulta. Aí é só procurar um lugar calmo, clicar um botão e começar. Ah, sim, o pagamento pode ser via PIX, cartão ou catão do convênio. Coisa fina. Se precisar de uma consulta com psicólogo, também pode. O mundo tecnológico é mesmo maravilhoso, e parece não ter limites, e a Inteligência Artificial é prova disso. Há vários protótipos em andamento de sistemas capazes de interpretar o que estamos sentindo e calcular, sozinhos, um diagnóstico quase tão preciso quanto o de um profissional.

Parece muito provável que em breve tenhamos sistemas inteligentes para consultas. Isso mesmo, nem vamos mais precisar de um médico para uma parte dos problemas, vamos explicar o que estamos sentindo para um robô, como esses que atendem um telefonema, e ele será capaz de nos dar um diagnóstico preciso, e até receitar os medicamentos. Acredite, falta bem pouco. Melhor ainda, eu acredito que não demora muito para inventarem um drive thru onde vamos furar o dedo para deixar umas gotinhas de sangue e outras de saliva, e uma máquina vai avaliar sozinha a nossa saúde de forma espetacular.

Onde é que isso tudo vai parar? – você poderia, abismado(a), se perguntar. Bem, notícias tão boas assim, com potencial de beneficiar multidões, não podem parar, concorda?

* Silvio Sebastião Pinto, Analista Programador e Escritor