PM liberta acusado de assédio que poderia ser executado por ‘tribunal do crime’ em Guarujá

Três pessoas foram detidas; na delegacia, o acusado de assédio, de 56 anos, foi reconhecido por menino de nove anos

7 JUN 2021 • POR • 18h29
O caso foi registrado na Delegacia Sede de Guarujá - Nair Bueno/DL

Após receber denúncias de um plano de assassinato em andamento em Guarujá, a Polícia Militar libertou um químico de 56 anos que era levado em um carro para um “tribunal do crime” na noite de domingo (6) acusado de assediar um menino de 9. Dois homens e um adolescente foram detidos em flagrante por sequestro e cárcere privado. O químico chegou a ser espancado antes de ser colocado no carro pelo trio.

Na Delegacia Sede de Guarujá, o menino de nove anos e sua mãe reconheceram o químico como autor do assédio. O menino disse que o homem pediu para ele colocar a mão em seu órgão genital. O garoto contou o caso à mãe e ela pediu ajuda na comunidade onde residem.

O químico, segundo o registro da ocorrência, teria tentado comprar drogas na Rua Vereador Orlando Falcão e logo foi notado pelo adolescente que falou em voz alta sobre o crime sexual contra a criança.

Foram iniciadas as agressões contra o químico e um motorista de aplicativo foi acionado ao local para transportar o homem, juntamente com os autores do sequestro. No trajeto, ele foi diversas vezes ameaçado de morte.

Na Rua Vereador Orlando Falcão, no Jardim Praiano, a PM interceptou o carro, por volta das 22h40.

O delegado Caio de Azevedo Menezes atuou os adultos por sequestro e cárcere privado na forma qualificada, pois o químico chegou a ser espancado. O adolescente foi enquadrado no ato infracional análogo.

Como não houve indícios de participação do motorista de aplicativo no crime, ele foi liberado.

Pelo assédio consumado do químico, foi arbitrada fiança de R$ 2 mil. Como não foi paga, ele foi recolhido à cadeia.