Fantasma do Cemitério do Paquetá: Moradores dizem ainda ver Maria, que viveu no bairro em 1900

Maria era uma mulher que viveu por volta do ano 1900 no Paquetá. Segundo o historiador Francisco Vazquez Carballa tratava-se de uma mulher belíssima e que pertencia a alta sociedade da época

1 MAI 2021 • POR • 13h29
A atriz Mirella Jimenes Martello, representando a Maria, na gravação do documentário. - Phantasma do Paquetá/Querô

Santos não é apenas uma cidade conhecida por suas lindas praias e pelo Porto. Também é um local que carrega muitas lendas e histórias sobrenaturais. Uma delas é o "Phantasma do Paquetá", que já foi, inclusive, retratato em um curta metragem das Oficinas Querô (o video estará disponível ao final desse texto). Será que Maria ainda circula pelos arredores do cemitério nos dias de hoje? Alguns moradores dizem que sim.

Maria era uma mulher que viveu por volta do ano 1900 no Paquetá. Segundo o historiador Francisco Vazquez Carballa tratava-se de uma mulher belíssima e que pertencia a alta sociedade da época. Ela, porém, teria se envolvido com um alto clérigo da antiga Igreja Matriz de Santos e acabou engravidando dele.

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Ao saber do caso de Maria com uma pessoa da igreja sua família a expulsou de casa. Ela, ainda, foi rejeitada pela sociedade da época e passou a não mais ser vista pelas ruas do bairro.

A criança nasceu mas, pouco tempo depois, acabou falecendo. Com a ajuda de um primo muito rico, que morava em outro Estado, Maria conseguiu enterrar seu bebê na quadra infantil do Cemitério do Paquetá.

Como ela não podia sair durante o dia caminhando pelas ruas devido a hostilidade das pessoas, Maria ia ao cemitério sempre após as 23h, toda vestida de preto. Ela parava na frente do portão, acenava para dentro com um lenço, chorava por alguns segundos e voltava em seu trajeto pela rua São Francisco de Paula.

Sem televisão à época e com a iluminação pública precária - eram usados lampiões - o imaginário popular logo confundiu Maria com um fantasma e essa era a conversa em todas as reuniões familiares, mesas de bar e esquinas do bairro. A história do tal fantasma ganhou tanta força que os moradores chegaram a se reunir no portão do cemitério, na madrugada, para tentar capturar a tal assombração de preto.

Maria não apareceu nessa noite. Ela já estava muito doente devido a tristeza de ter pedido seu único filho e também a rejeição sofrida pela sociedade e acabou falecendo meses depois.

Mas se você pensa que a lenda acabou por aí, se engana. Recentemente alguns moradores disseram ter visto Maria pelos arredores do cemitério. 

BATEU NA MINHA PORTA

Marly Silva Fiel, moradora do bairro, conta que estava em casa, durante a noite, conversando com seu marido justamente sobre a lenda da Maria, quando ouviu sua porta mexer. "Estávamos falando dela e a porta mexeu. Vi pelo olho mágico uma mulher vestida de preto, parada", relembra ao documentário do Querô.

CHORANDO NO TÚMULO

A aposentada Rosemary Dias lembra que estava dando comida aos animais que ficam pelo cemitério quando percebeu uma mulher vestida de preto, em um túmulo, chorando muito. "Estava alimentando os animais e vi essa mulher chorando muito. Fui atrás da campa para ver quem era e já não era ninguém. Tiraram uma foto e apareceu uma mancha escura. Dizem que era o Fantasma do Paquetá", finaliza.

Assista ao curta produzido pelas Oficinas Querô sobre o "Phantasma do Paquetá":