Bolsa de mulher morta pelo vizinho em São Vicente é achada queimada no apartamento dele

Polícia Civil suspeita que Washington de Jesus trocou o celular de Aline dos Santos por entorpecente

13 ABR 2021 • POR • 18h28
Bolsa de Aline foi encontrada por investigadores do 2° DP de São Vicente - Divulgação/Polícia Civil

Ao prosseguirem diligências após o brutal crime que vitimou Aline dos Santos, de 32 anos, morta pelo vizinho Washington Andrade de Jesus, de 36, investigadores do 2° Distrito Policial de São Vicente constataram nesta terça-feira (13) que ela foi vítima de um latrocínio (roubo seguido de morte). Isso porque a bolsa dela foi achada queimada no apartamento de Washington, que ateou fogo no imóvel antes de se jogar do sétimo andar na manhã de sexta-feira (9).

A Polícia Civil suspeita que após matá-la, ele trocou o celular dela, que estava na bolsa, por entorpecente em um ponto de tráfico próximo. Pouco depois ele retornou ao apartamento, e decidiu atear fogo no imóvel e se matar com a chegada da Polícia Militar.

As apurações do caso são conduzidas pelo delegado Armando Prado Lyra Neto, titular do 2° DP, e pelo investigador-chefe, Marcelo Pereira.

Washington era viciado em cocaína e morava no mesmo andar que Aline, em um prédio na Rua Silva Teles, no Parque São Vicente.

Ele matou a vizinha quando ela saia para trabalhar, por volta das 6h10, com um soco. Aline caiu desacordada logo na sequência.

Ao tomar ciência que sua mulher não havia chegado ao trabalho, o marido da vítima, Charles Vicente, de 35 anos, passou a procurá-la e viu que a moto da esposa estava com a chave no contato. Juntamente com o síndico, ele achou o corpo na escadaria de emergência do térreo e acionou a Polícia Militar.

Os policiais notaram que havia pegadas com marcas de sangue do local onde estava o corpo de Aline até o 7º andar e chegaram até o apartamento de Washington. Ele, trancado, disse algumas palavras pelo lado de dentro que os PMs não conseguiram compreender. Na sequência foi percebido que havia fumaça no local e, segundos depois, os policiais ouviram um estrondo do suicídio de Washington.

Além do marido, Aline deixou duas filhas, uma de sete meses e outra de três anos anos.