Etecs de SP suspendem aulas presenciais na fase vermelha contra a Covid-19

As unidades seguirão abertas para atendimento aos serviços administrativos essenciais e acolhida de alunos que não têm os equipamentos necessários para estudar remotamente

5 MAR 2021 • POR • 07h58
Etec de Embu das Artes, na Grande São Paulo - Divulgação

As aulas presenciais em escolas técnicas (Etecs) de São Paulo ficarão suspensas enquanto o estado estiver na fase vermelha do Plano SP de enfrentamento da Covid-19.

As unidades seguirão com ensino remoto de segunda (8) até o dia 19, prazo inicial de vigência das restrições de abertura de comércio como forma de frear o avanço do novo coronavírus. Na ocasião, a situação será reavaliada.

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As unidades seguirão abertas para atendimento aos serviços administrativos essenciais e acolhida de alunos que não têm os equipamentos necessários para estudar remotamente.

O uso dos ambientes será organizado por meio de agendamento, respeitando o protocolo sanitário do Centro Paula Souza, entidade que gere as Etecs e Fatecs (faculdades de tecnologia).

O estado de SP inicia o retrocesso à fase vermelha a partir da 0h de sábado (6).

O endurecimento da quarentena, conforme a Folha adiantou nesta terça (2), não incluirá o fechamento total de escolas. A regra adotada em dezembro pelo governo, de permitir aulas presenciais opcionais nas duas fases mais restritivas do Plano São Paulo de abertura econômica, vermelha e laranja, segue valendo.

O governo quer, contudo, retirar 80% dos 2,5 milhões de alunos que frequentaram aulas presenciais em fevereiro ao priorizar na rede pública grupos mais vulneráveis: quem precisa de alimentação, quem tem responsáveis que trabalham em serviços essenciais, sem acesso a tecnologia, com dificuldade de aprendizado e com saúde mental em risco.

No geral, o limite para frequência é de 35% da ocupação normal, nas redes pública e privada. No entanto, o secretário de estado da Educação, Rossieli Soares, pediu aos pais que, se possível, deixem os filhos assistindo aulas remotas nas próximas duas semanas, a fim de diminuir a circulação de pessoas.

Cada escola terá autonomia de planejar o funcionamento para as próximas duas semanas, que também deve contemplar a redução de funcionários presenciais nas unidades. Segundo o secretários, os professores trabalharão a distância sempre que possível. A estimativa é que apenas 50 mil funcionários e 500 mil alunos frequentem as unidades escolares.

Com isso, saiu chamuscado da mais recente discussão o secretário Jean Gorinchteyn (Saúde), que na terça havia defendido fechar totalmente as escolas. Ele foi obrigado pelo governador João Doria (PSDB) a divulgar uma nota reafirmando que o que dissera à rádio CBN era apenas sua opinião pessoal.

Na fase vermelha, apenas os serviços essenciais estão permitidos, e com limites. De forma controversa, nesta semana Doria permitiu que templos religiosos fossem incluídos na categoria, desde que respeitadas regras de distanciamento social -ocupação máxima de 30%, somente pessoas sentadas, sem coros e sem rituais que envolvam toques físicos.