Sindicato diz que fases laranja e vermelha vão favorecer o comércio clandestino

Segundo o presidente do Sincomércio-BS, Omar Abdul Assaf, o comércio sempre agiu de forma parceira com o Governo, seguindo todos os protocolos

25 JAN 2021 • POR • 15h30
A Baixada Santista vai ficar na fase vermelha em todos os dias úteis, das 20h às 6h e em todos os horários nos feriados e finais de semana - Agência Brasil

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista da Baixada Santista, Sincomércio-BS, Omar Abdul Assaf, afirmou que a reclassificação da região à fase laranja do Plano São Paulo, durante a semana, e à fase vermelha aos finais de semana vai acabar estimulando o comércio clandestino.

"Na hora em que você fecha o comércio regular, a população vai para bares clandestinos, festas clandestinas, se aglomerar em praças e isso faz com que a contaminação seja bem maior do que quando se vai a um estabelecimento regular e que segue todas as normas de segurança.", afirma Omar Abdul Assaf.

Segundo o presidente, o comércio sempre agiu de forma parceira com o Governo, seguindo todos os protocolos recomendados pelas autoridades de saúde e, num momento em que os comerciantes achavam que poderiam ter um ganho, mesmo pequeno, nesse final de temporada, as medidas mais rígidas de restrição acabaram até mesmo com essa possibilidade.

"O comércio já está na "UTI", sem recursos, muitos comerciantes fizeram estoques e, mais uma vez, serão penalizados", salienta Omar Abdul Assaf, que se diz profundamente triste com essa decisão do Governo do Estado, classificada por ele como uma decisão "apressada".

Com as novas medidas do Plano São Paulo, a Baixada Santista vai ficar na fase vermelha em todos os dias úteis, das 20h às 6h e em todos os horários nos feriados e finais de semana. Nos dias normais, até às 20h, fica em fase laranja.

Com a adoção das restrições da nova reclassificação, a 18ª desde o início da pandemia, poucos estabelecimentos poderão funcionar aos sábados e domingos como farmácias, petshops, padarias, postos de combustível, açougues, mercados, hotéis e outros.