Inove no cardápio das ceias de fim de ano e economize!

As notícias do campo por Nilson Regalado

24 DEZ 2020 • POR • 17h28
Ceia natalina - DIVULGAÇÃO

Por  Nilson Regalado

O melhoramento genético de frangos nativos da Escócia deu origem a um sucesso no Natal. O chester chegou ao Brasil em 1979. A ideia era ter uma ave com bastante peito e carne nas coxas, leve e saborosa, capaz de fazer frente ao peru, que havia se tornado campeão de vendas na década de 1970, graças à publicidade que cativava especialmente o público infantil.

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Durante três anos, 11 linhagens do frango escocês foram melhoradas em sigilo, no Rio Grande do Sul. Até que, no Natal de 1982, o chester chegou aos supermercados brasileiros. O peru também não é brasileiro. O animal é nativo do México e foi domesticado há mil anos. Muito apreciado na Portugal do século 16, a ave ganhou o nome do país vizinho porque, na época, os lusitanos se referiam a toda América Espanhola como Peru.

Apesar da tradição dessas aves nas ceias, o real foi a moeda que mais se desvalorizou em 2020 frente ao dólar e isso tornou os produtos brasileiros baratos no exterior. Resultado: as exportações de aves, suínos e carne bovina dispararam. Como os embarques de milho e soja também cresceram, as carnes subiram de preço no mercado interno devido ao aumento de custos. Essa relação favorável ao dólar também encareceu bacalhau, salmão, frutas, nozes e castanhas importadas.

Assim, peixes e frutas nacionais no auge da safra viraram alternativa mais barata para as ceias. A lista de ‘pechinchas’ inclui atum, manjuba, polvo e as pescadas amarela e cambucu, além do tucunaré amazônico. Entre as frutas, destaque para abacaxis, acerola, ameixa, caju, figo, lichia, maçãs, mangas, melões, nectarina, pêssego e uvas.

Tá calor?
A Organização Meteorológica Mundial anunciou que 2020 chega ao fim como o segundo ano mais quente desde que as medições começaram a ser feitas em 1850. Menos visível que as queimadas, 2020 ficará marcado também por uma disparada da temperatura no mar, com ondas de calor em 80% dos oceanos.

Uvas, vinhos, sucos...
Os Correios resolveram homenagear os cientistas que nos últimos 43 anos desenvolveram geneticamente 21 variedades de uva genuinamente brasileiras. Esse trabalho consolidou a indústria vinícola no País. Assim, os Correios acabam de lançar uma coleção com cinco selos com ilustrações dessas uvas.

...estampam selos...
Adaptadas ao solo e ao clima, essas uvas são perfeitas para elaboração de suco de uva com leve sabor framboesa (BRS Magna), para produção de vinho branco aromático e frisante sabor moscatel (BRS Lorena), para consumo in natura (BRS Vitória), para vinhos tranquilos (Moscato Embrapa) e para produção de um vinho tinto com características da uva francesa Merlot (BRS Margot).

...com aromas do Brasil.
Os selos já estão disponíveis nas agências dos Correios e serão aromatizados com cheiro de uva.

Filosofia do campo:
“Uso a palavra para compor meus silêncios”. Manoel de Barros (1916-2014), poeta mato-grossense.