Gestão Doria corta jantar do Bom Prato por 'redução de demanda'

Decisão foi tomada pela Secretaria de Desenvolvimento Social da gestão João Doria (PSDB); café da manhã e almoço em dias úteis foram mantidos

2 DEZ 2020 • POR • 16h10
Unidade do Bom Prato de Sorocaba, no interior paulista - Divulgação/Assis Cavalcante

O Bom Prato cortou neste mês o jantar em quase todas as unidades do programa no estado de São Paulo, com exceção do bairro de Campos Elíseos, na Capital, e na cidade de São Bernardo do Campo. A decisão foi tomada pela Secretaria de Desenvolvimento Social do governo estadual, gestão João Doria (PSDB). O café da manhã (pelo valor de R$ 0,50) e o almoço (R$ 1) em dias úteis foram mantidos.

De acordo com a secretária do Desenvolvimento Social, Célia Parnes, em entrevista ao “G1”, a queda da demanda no jantar é que pautou a decisão.

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"Desde o início da pandemia o governo do estado ampliou muito o número de refeições no programa Bom Prato. Nós ampliamos em 60% o número de refeições, aumentamos 1,2 milhão por mês e passamos a servir a 3,2 milhões de refeições por mês nos restaurantes Bom Prato, incluindo jantares e refeições aos finais de semana. E fomos monitorando isso ao longos dos meses, observando demanda e oferta e fazendo agora esse decréscimo em direção à redução de demanda que temos tido nos jantares”, afirmou.

Em maio, por causa da pandemia, o governo ofereceu as refeições de graça na unidade a pessoas em situação de rua. A gratuidade foi encerrada pela gestão em 30 de setembro, mas uma decisão judicial obrigou a manutenção das refeições grátis até o encerramento do estado de calamidade pública.

Com a decisão, pessoas em situação de rua cadastradas nos restaurantes da rede popular estão isentas do pagamento pelos alimentos.

Na Capital, a unidade de Campos Elíseos oferece refeições também aos fins de semana. A unidade de Paraisópolis, na zona sul da Capital, foi fechada em outubro para reformas, e não foi informada a previsão para a reabertura.