FeirArte do Boqueirão completa 50 anos nesta quarta

No próximo domingo (29) haverá bolo para o parabéns na praça do Sesc

25 NOV 2020 • POR • 08h35
São barracas de artesanato, bijuterias, roupas, sapatos, bolsas e artigos esotéricos, além de praça de alimentação - Divulgação/PMS

Um verdadeiro circo mambembe a chegar na praça para ser montado e dar início ao grande evento. É dessa forma que a artesã Maristela Henrique Silveira, 50 anos, define a FeirArte - Feira de Produtos Artísticos e Artesanais, que nesta quarta-feira (25) completa 50 anos de tradição na orla do Boqueirão, em frente à Avenida Conselheiro Nébias, em Santos. A edição realizada na Praça Caio Ribeiro de Moraes e Silva, em frente ao Sesc, no Aparecida, também tem mais de três décadas - 33 anos.

Para comemorar a data, no próximo domingo (29), os permissionários levarão bolo para cantar parabéns na praça do Sesc. Organizada pela Secretaria de Finanças (Sefin), o evento é realizado aos sábados e domingos, respectivamente na orla do Boqueirão e no Aparecida, das 16h às 22h. Com 156 expositores, devido à pandemia, atualmente média de 65 artesãos e criativos gastronômicos participam da feira, respeitando as medidas de prevenção à covid-19.

São barracas de artesanato, bijuterias, roupas, sapatos, bolsas e artigos esotéricos, além de praça de alimentação. Em meio século da famosa 'feirinha hippie', 31 deles têm a participação de Maristela, que atualmente faz arte urbana com materiais recicláveis. "A praça está vazia e, quando a gente chega com as ferragens, ela se transforma. Mesmo com as vendas na internet, a essência dos criativos em barracas prevalece no século 21. A FeirArte faz parte do turismo da Cidade, que é celeiro de artistas e artesãos", diz, ressaltando a recente revitalização da Praça Caio Ribeiro de Moraes e Silva.

A história da feira, ela bem conhece. Segundo Maristela, tudo começou no final de 1970, com 15 hippies sentados no calçadão da praia do Boqueirão vendendo bijuterias, como brincos, colares, pulseiras, anéis e artesanato. "Aos poucos ela foi crescendo e hoje somos umas das comunidades de criativos mais antigas do País", completou a professora aposentada, que já trabalhou com cerâmica branca e sino dos ventos.