Polícia investiga fraudes em funerárias e transporte de corpos

As investigações apontaram que funcionários de funerárias falsificavam o documento que é emitido pela polícia civil para o transporte de corpos

14 OUT 2020 • POR • 13h15
As investigações foram conduzidas pelo 2º DP de Taboão da Serra - Eduardo Toledo

A Polícia Civil cumpriu 21 mandados de buscas e apreensão em nove cidades, entre elas, Taboão da Serra e na capital paulista, como parte de uma investigação de fraudes envolvendo funerárias que falsificavam documentos para o traslado ilegal de corpos para o Brasil e exterior. A ação aconteceu na tarde de terça-feira, dia 13.

As investigações apontaram que funcionários de funerárias falsificavam o documento que é emitido pela polícia civil para o transporte de corpos, com brasões e logotipos, desatualizados, da Polícia Civil de São Paulo. Em alguns casos, até mesmo a assinatura do delegado de polícia chegou a ser fraudada.

Ainda segundo as investigações, o corpo de uma mulher foi a ser levado para Pernambuco com documentação falsificada. Os suspeitos utilizaram o nome do delegado do 2º DP de Taboão da Serra, Altamiro Nunes, e do DP de Itapecerica da Serra nos documentos falsificados.

O delegado Altamiro Nuves contou como a quadrilha age. “Eles emitiam pretensos documentos como se fossem emissão de delegacias, de unidades policiais, no próprio estabelecimento, ou seja, o funcionário que atendia e prestava o serviço ele também já fazia no computador esse documento e, inclusive, fraudando assinatura como se fosse delegado de polícia”.

Ainda segundo o delegado, “os documentos colocavam em risco o bom nome e a imagem da Instituição Policial Paulista. Tivemos a participação massiva de várias unidades da polícia civil de nossa região, Garra, Dise, 1º DP de Embu das Artes e Taboão da Serra, DDM Taboão, Delegacia do Meio Ambiente, 2º DP de Taboão da Serra, 1º DP de Itapecerica da Serra, Delegacia de Polícia de Taboão da Serra e setores operacionais da própria Delegacia Seccional de Polícia de Taboão da Serra”.

Foram apreendidos computadores e documentos. Ninguém havia sido preso. A polícia continua a investigar o caso. Diante dos fatos, funcionários e objetos foram conduzidos ao 2º DP, onde prestaram depoimentos e foram liberados. Com informações da Gazeta de São Paulo.