Polícia investiga fraudes em licitação na prefeitura de Ilhabela

Batizada de Operação Conexus, policiais cumpriram mandados de busca na Saúde, Hospital e outros órgãos

14 AGO 2020 • POR • 14h30
Viaturas da Polícia Civil paradas em frente à Prefeitura de Ilhabela - Caio Gomes/Tribuna do Povo

A Polícia Civil de Ilhabela, no Litoral Norte paulista, deflagrou na manhã desta sexta-feira (14), uma operação para investigar denúncias de fraudes a licitação e associação criminosa da Prefeitura do arquipélago.

Logo pela manhã, os policiais estiveram na Secretaria de Saúde, Hospital Municipal Mario Covas e Centro de Referência da Mulher onde foram apreendidos computadores, celulares e documentos de processos que serão periciados dentro da Operação Conexus. Servidores tiverem de sair dos órgãos durante a ação.

De acordo com as informações do delegado titular de Ilhabela, José Vinciprova, desde julho deste ano são investigadas denúncias da existência de cartel de empresas que estariam praticando fraudes a Lei de Licitação com envolvimento de agentes públicos no direcionamento de certames licitatórios e superfaturamento de obras.

Uma das denúncias foi feita pelo servidor municipal Luiz Mario de Almeida, o Marinho, ex-diretor de finanças da Saúde. Ele conta que no ano passado chegou a fazer as denúncias de direcionamento de licitação a uma empresa de São Sebastião para compra e instalação de equipamentos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital.

“Esses equipamentos já estavam instalados e o processo licitatório foi feito posteriormente para dar respaldo à infração”, denunciou. Diante do que considerou falta de ação da prefeitura e dos órgãos fiscalizadores, ele levou o caso à Polícia Civil.

Segundo o delegado Vinciprova, ação desta sexta-feira serviu para o cumprimento de mandados e diligências relacionados a possíveis crimes de fraude em licitações e associação criminosa relacionados aos órgãos municipais do arquipélago. O pedido foi autorizado pelo Justiça local.

Até o fechamento da reportagem a Prefeitura de Ilhabela não havia se manifestado sobre o assunto. A investigação corre em sigilo de justiça em relação ao nome dos envolvidos.