Beirute: imagens impressionantes mostram explosões em porto por outro ângulo: assista

Segundo autoridades locais, o incidente deixou ao menos dez mortos, além de um grande número de feridos

4 AGO 2020 • POR • 14h48
Ao menos 10 pessoas morreram - Reprodução

Uma grande explosão atingiu na tarde desta terça (4) a cidade de Beirute, capital do Líbano, levantando bolas de fogo e colunas de fumaça gigantescas e afetando construções a quilômetros de distância.

Segundo autoridades locais, o incidente deixou ao menos dez mortos, além de um grande número de feridos. Paredes de prédios foram destruídas, janelas quebraram, carros foram virados de cabeça para baixo e destroços bloquearam várias ruas, forçando feridos a caminhar em meio à fumaça até hospitais.

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Ainda não se sabe ao certo o que motivou a explosão e se outras aconteceram na cidade.

Duas fontes de segurança e a agência de notícias estatal NNA afirmam que a origem da explosão, na área portuária da cidade, onde ficam diversos armazéns, foi num depósito de explosivos que estava pegando fogo —não há informação se o incêndio foi proposital e qual tipo de explosivo havia no local.
De acordo com a rede de TV Al Arabiya, foram ouvidas explosões por toda a cidade e uma delas teria ocorrido próximo à residência do ex-premiê Saad Hariri. A informação não foi confirmada oficialmente.

Ele postou uma foto em uma rede social logo após as explosões, indicando que está bem e que não ficou ferido. Segundo testemunhas ouvidas pelo canal, construções que ficam a quilômetros de distância da explosão foram atingidas.

"Vi uma bola de fogo e fumaça sobre a cidade. As pessoas gritavam e corriam, sangrando. Varandas foram arrancadas dos prédios. Vidros de prédios altos caíram nas ruas", disse uma testemunha à Reuters.

A fragata brasileira Independência, nau capitânia da Unifil (Força Interina das Nações Unidas no Líbano), não estava no porto de Beirute na hora da explosão. Ela está no Mediterrâneo, patrulhando a região.

A embarcação leva cerca de 200 marinheiros. A Unifil foi criada em 2006 para verificar a retirada israelense do sul do Líbano e evitar o contrabando de armas por via marítima, após um dos inúmeros embates entre as duas partes nas últimas décadas.

Ela foi a primeira força da ONU a contar com uma missão naval, que é comandada pelo Brasil desde 2011.

Até agora, não houve relato de brasileiros feridos na explosão. O Líbano tem uma grande comunidade com relação com o Brasil: há mais descendentes e parentes de libaneses em solo brasileiro (entre 7 e 10 milhões) do que libaneses no país de origem (7 milhões).