Porto de São Sebastião deve exportar 200 mil toneladas até final do ano

Nesta quinta-feira está previsto o embarque de 17,3 mil quilos para o Congo

2 JUL 2020 • POR • 18h57
Movimentação de carga de açúcar no Porto de São Sebastião - Divulgação

Após 15 anos sem atividades nesta área, o Porto São Sebastião, no Litoral Norte paulista, voltou a operar o embarque de cargas de açúcar. Para esta quinta-feira (2) está previsto o início da operação de 17, 3 toneladas com destino à Matabi, no Congo. A estimativa é que até o final do ano sejam movimentadas em torno de 200 mil toneladas no local.

Em junho passado foram a Cia Docas viabilizou operações de exportação de 75 mil toneladas de açúcar ensacado para a África e o Mediterrâneo. “Bons projetos e planejamento são o que precisamos para gerar empregos, reduzir custos de transportes e contribuir para o desenvolvimento da economia nacional”, disse o secretário estadual de Logística e Transportes, João Octaviano Machado Neto.

Rafael Della Guardia, diretor da Operadora Portuária Proporto, explica que com o retorno da operação de carga de açúcar para exportação, o Estado fala na geração de cerca de 400 empregos na região, além de todos os empregos indiretos como reflexo do projeto na cidade e região.

“Geração de emprego é injeção de capital na economia local, impostos, cadeia de fornecedores, investimentos. Tudo isso em um momento muito delicado que vivemos por conta da pandemia da Covid-19. Veio como um alento para muitas famílias”, comemora.

Segundo Della Guardia, o açúcar vem de usinas localizadas no interior do Estado. “O cliente procurava uma opção a Santos para a exportação e viu em São Sebastião uma oportunidade. Conseguimos desenvolver o projeto e ajustar os custos de forma aderente à necessidade dele”, pontua.

A operação de embarque é feita navios do tipo Break-Bulk que gera menor fila de atracação e custos aceitáveis. Eles podem transportar os mais diversos tipos de cargas, embaladas ou não, desde cargas secas a cargas frigoríficas. O processo de carregamento e descarregamento é diferente do que ocorre nos navios porta-container, sob aspecto de automação das operações, mas igualmente exige equipe treinada e equipamentos próprios para realizar o processo com agilidade e segurança.

Para o diretor da Proporto, essa operação veio pra ficar. “Sabemos que o agronegócio vive de ciclos e entendemos que é um momento muito positivo para o açúcar e, de qualquer forma, esperamos poder manter essa operação por muitos anos”.

Paulo Oda, presidente da Cia Docas de São Sebastião, destaca que o Porto tem mantido toda a sua operação e não parou em nenhum momento mesmo diante da pandemia do novo coronavírus.

“Isso foi possível graças à adoção de todas medidas sanitárias para garantir a proteção à saúde dos portuários como uso de máscara obrigatório, disponibilização de dispensers de álcool em gel, medição de temperatura na entrada, sanitização a cada seis horas, entre outras ações”, conclui.

Conforme a Secretaria Estadual de Logística e Transportes, o Porto de São Sebastião teve um aumento de 3,6% na movimentação de cargas durante a pandemia. Entre março e maio deste ano, foram transportadas 144 mil toneladas, contra 139 mil toneladas no mesmo período de 2019.

“O Porto de São Sebastião tem uma importância logística fundamental para o Estado de São Paulo e para o Brasil”, diz o secretário João Otaviano.