Número de policiais afastados por suspeita de Covid-19 chega a marca de 3 mil

Uma das explicações para essa explosão de casos é a testagem em massa dos efetivos das três policiais iniciada no último 15 pelo governo paulista na capital

1 JUN 2020 • POR • 21h02
Policial militar de SP usa máscara durante policiamento para evitar contágios de coronavírus - Divulgação/PM

O número de policiais civis e militares de São Paulo afastados por suspeita de contaminação pelo novo coronavírus quase quadruplicou nas últimas três semanas saltando de 800 para 3.000 os profissionais da segurança colocados em quarentena para tratamento da doença. Esse contingente é quase toda a força policial do estado do Acre, com seus cerca de 2.500 policiais militares e os cerca de 780 policiais civis, num total de 3.280 agentes, conforme dados do governo acreano. São Paulo tem cerca de 110 mil policiais.

Uma das explicações para essa explosão de casos é a testagem em massa dos efetivos das três policiais iniciada no último 15 pelo governo paulista na capital. Até então, conforme instrução dos órgãos de saúde, apenas os casos mais graves tinham essa verificação.

Essa não é, porém, a única explicação para esse aumento até porque no mês de maio foram registradas dez mortes de policiais civis e militares. Esse número representa o dobro dos óbitos somados nos meses de março e abril deste ano pela Covid-19.

A primeira morte de policial da ativa no estado ocorreu em 31 de março. A sargento Magali Garcia, 46, que trabalhava no centro de operações da PM, o Copom, contraiu o vírus e nâo resistiu à doença . No início de abril, o número de afastados das polícias chegava a 600 integrantes.

Naquele momento, havia ao menos uma semana que o comando da Polícia Militar timha iniciado as primeiras medidas mais concretas de proteção da tropa, como a utilização de luvas e máscaras, além de evitar abordagens desnecessárias de suspeitos.

Também no final de março que a Polícia Civil iniciou a distribuição de equipamentos de segurança para equipes da capital. Em algumas unidades, os policiais também criaram barreiras de proteção para reduzir as chances de contágio.

Outra medida adotada pelo governo paulista foi a ampliação de possibilidade de registro na delegacia eletrônica de quase todos os tipos de crime.