Guarujá refuta inclusão da cidade na zona vermelha do Plano São Paulo pelo governo Doria

Segundo a prefeitura, "é uma posição inaceitável e injusta, pois nos impõe uma situação de engessamento, desesperança e frustração, até uma ameaça de retrocesso"

28 MAI 2020 • POR • 14h29
A prefeitura afirma que vem tomado medidas austeras e efetivas desde fevereiro - Divulgação/PMG

A Prefeitura de Guarujá afirma que refuta veementemente a inclusão da Cidade na Zona 1 (Alerta máximo), de acordo com a classificação por nível de risco criada pelo Governo do Estado de São Paulo. Segundo a Administração Municipal, em nota, "é uma posição inaceitável e injusta, pois nos impõe uma situação de engessamento, desesperança e frustração, até uma ameaça de retrocesso em relação ao que conseguimos manter até hoje, em franco diálogo com associações de classe e o Ministério Público (MP)", diz o comunicado.

A prefeitura afirma que vem tomado medidas austeras e efetivas desde fevereiro, sendo a primeira cidade do Estado de São Paulo a adotar um plano de contingência para pacientes com sintomatologia respiratória, publicado em Diário Oficial em 19 de fevereiro. "Implantamos barreiras sanitárias em sete pontos da Cidade, que já impediram a entrada de mais de 20 mil veículos. Praias interditadas, inúmeras ações educativas e preventivas, montagem de hospital de campanha, aumento do número de leitos de UTI e enfermarias, leitos de isolamento em UPAs, carretas de triagem, câmaras de higienização e estações de lavagem das mãos, adaptação de unidades ambulatoriais para leitos próprios para Covid, alojamento provisório para pessoas em situação de rua, entre diversas outras medidas", continua a nota.

Ainda de acordo com  a Administração Municipal, a cidade tem estado entre os maiores índices de isolamento social do Estado ao longo das últimas 10 semanas.

"Aumentamos substancialmente o número de testagens e, com isso, obtivemos a identificação de mais casos. Não estamos assistindo pessoas agonizando à espera de leitos de UTI ou atendimento médico. Porque nos planejamos e agimos! Estamos, até o momento, com o controle das rédeas dessa pandemia no Município, não estamos sob alerta máximo, temos o controle absoluto e o equilíbrio de nossa capacidade hospitalar instalada, frente à evolução da pandemia, o que nos permite a flexibilização de setores segundo definição municipal.Nossos indicadores são devidamente avaliados e conferidos".

Em diálogo contínuo com o MP local, a prefeitura de Guarujá afirma ter encaminhado documentos cujos dados permitem o enquadramento até mesmo na Zona 3 (Amarela).

"Por tudo isso, não podemos aceitar essa inclusão na zona de alerta máximo, situação que não condiz com nossa realidade e é extremamente injusta frente a tanto trabalho e avanços até aqui obtidos, minuciosamente planejados e executados. Sendo assim, o Município vai tomar as medidas cabíveis para ter sua real condição reconhecida por todas as autoridades", diz na nota. "Além de combater com veemência a pandemia, estamos em diálogo permanente com todos os setores, finalizando nosso plano de retomada econômica, gradual e sensata, sempre com base em dados técnicos, científicos e epidemiológicos".