Guarujá propõe ampliação de barreira na entrada da Cidade, mas pedido é negado

A proposta de Guarujá era substituir cinco dos sete pontos de bloqueio por um único, entre os kms 2 e 3 da Rodovia Cônego Domenico Rangoni

20 MAI 2020 • POR • 17h17
Com o pedido negado, Guarujá segue com os bloqueios feitos em perímetro urbano - HELDER LIMA/PMG

O pedido de ampliação da barreira rodoviária feito pela Prefeitura de Guarujá não foi aceito pelo Governo do Estado. A solicitação foi feita em razão do megaferiado, iniciado ontem (20) e que deverá se estender até o próximo dia 25 em São Paulo. Também foi negado o pedido das prefeituras da Baixada Santista de bloquear as estradas que dão acesso ao litoral, como o Sistema Anchieta-Imigrantes.

A proposta de Guarujá era substituir cinco dos sete pontos de bloqueio por um único, entre os kms 2 e 3 da Rodovia Cônego Domenico Rangoni. Com o pedido negado, Guarujá segue com os bloqueios feitos em perímetro urbano, nos mesmos moldes dos últimos feriados, a fim de garantir o controle operacional e eficiência da fiscalização durante a pandemia da Covid-19.

O Governo do Estado informou que não é possível atender o pedido de extensão da barreira em Guarujá para a Rodovia Cônego Domenico Rangoni, mas disse apoiar a decisão dos municípios que instalaram barreiras em seus próprios territórios.

A medida havia sido proposta na manhã de terça-feira (19), na reunião do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), que reuniu os nove prefeitos da região e teve a participação dos secretários de Estado, do Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, e de Logística e Transportes, João Octaviano.

Durante o encontro, foi definido, também, que as cidades da Baixada Santista não vão aderir ao feriadão paulistano, a fim de desestimular a vinda de turistas para as cidades.

Desde 22 de março, quando iniciaram os bloqueios em Guarujá – cinco em acessos rodoviários e dois em travessias de balsas –, mais de 18 mil carros já foram impedidos de entrar na Cidade. Têm acesso livre apenas os veículos destinados ao abastecimento local, trabalhadores de serviços essenciais e os motoristas que apresentam comprovantes de residência no Município.

A decisão do Governo de São Paulo de decretar o megaferiado foi baseada nas estatísticas de isolamento social do Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI-SP), que indicaram melhores taxas nos feriados e finais de semana. A expectativa é de que a população permaneça em quarentena no feriado prolongado e ajude a mitigar a transmissão do coronavírus. O problema é que muitos paulistanos proprietários de imóveis de veraneio optam por descer a Serra para ficar em suas segundas residências.

Perigo iminente
O aumento dos casos de novo coronavírus em Guarujá está preocupando as autoridades municipais e o deslocamento de pessoas da capital (epicentro da pandemia no País) pode elevar ainda mais a disseminação da doença. Sucessivos feriados que aconteceram nos últimos meses demonstraram um aumento no número de visitantes na Cidade.