Megaferiado: bloqueio será feito nas entradas das cidades da Baixada Santista

Condutores de veículos que não morem nas cidades, ou não estejam indo ao município para realizar serviços essenciais, como saúde ou segurança pública, estarão proibidos de entrar

19 MAI 2020 • POR • 20h16
Nem mesmo quem tenha casa de veraneio poderá atravessar os bloqueios - Nair Bueno/DL

O Governo do Estado não atendeu o pedido das prefeituras da Baixada Santista e não irá bloquear as estradas que dão acesso ao litoral de São Paulo, como Sistema Anchieta-Imigrantes. A solicitação foi feita em razão do megaferiado que será iniciado nessa quarta-feira (20) na Capital e deverá se estender até o dia 25 de maio.

"Tivemos duas reuniões com os prefeitos da Baixada Santista e eles pleitearam que o Governo do Estado faça uma forte recomendação para que as pessoas não desçam para a Baixada Santista, com o apoio da segurança pública em torno dos modelos de barreiras que estão sendo implementados nos municípios, e dentro disso nós delimitamos que não seria possível a interdição de estradas, mas sim que o governo do estado irá apoiar as restrições que cada uma das cidades implementar em seu território", afirmou o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi.

Na prática, o bloqueio será feito nos mesmos moldes dos últimos feriados: condutores de veículos que não morem nas cidades, ou não estejam indo ao município para realizar serviços essenciais, como saúde ou segurança pública, estarão proibidos de entrar. Nem mesmo quem tenha casa de veraneio poderá atravessar os bloqueios.

Mais cedo, o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), afirmou que os chefes do Executivo da Região enviaram um pedido ao governador João Doria (PSDB) para que as rodovias do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) passassem a contar com um bloqueio sanitário.

A decisão de criar o megaferiado foi baseada nas estatísticas de isolamento social do Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI-SP), que indicaram melhores taxas nos feriados e finais de semana. A expectativa é de que a população permaneça em quarentena no feriado prolongado e ajude a mitigar a transmissão do coronavírus.

"Uma mensagem muito clara à sociedade: a quarentena não é para viajar, mas sim para se fazer isolamento social e ficar em casa nesse momento fundamental de combate à epidemia", destacou Marco Vinholi.

Contágio

O Estado de São Paulo chegou a 65.995 casos confirmados e 5.147 óbitos nessa terça-feira (19). O secretário de Saúde, José Henrique Germann, também reforçou o pedido para que as pessoas permaneçam em casa nos próximos dias. "Hoje estamos na véspera de um feriado e eu gostaria de enfatizar que não é um feriado de lazer. É um feriado em casa".