Adélio agiu sozinho e sem mandantes no ataque a Bolsonaro, conclui PF

Investigações apontam que não foi comprovada participação de terceiros no ataque a Bolsonaro

14 MAI 2020 • POR • 14h57
Em junho de 2019, Adélio foi absolvido do crime contra Bolsonaro por ser considerado inimputável

A Polícia Federal (PF) concluiu em um segundo inquérito que o autor da facada contra o presidente Jair Bolsonaro, Adélio Bispo de Oliveira, agiu sozinho e sem mandantes no ataque.

As investigações apontam que não foi comprovada, por exemplo, a participação de agremiações partidárias, facções criminosas, grupos terroristas ou mesmo paramilitares em qualquer das fases do crime (cogitação, preparação e execução). As investigações foram coordenadas pelo delegado Rodrigo Morais e entregue nesta quarta à Justiça Federal em Juiz de Fora.

O segundo inquérito investigou todo o material apreendido com Adélio Bispo, como celulares, documentos e um computador portátil. Foram elaborados 23 laudos periciais e a PF entrevistou 102 pessoas em campo e ouviu 89 testemunhas no inquérito.

O primeiro inquérito sobre o caso foi concluído em setembro de 2018 e já havia considerado que Adélio Bispo agiu sozinho no momento do ataque e que a motivação teria sido “indubitavelmente política”. Com a conclusão do segundo inquérito, a hipótese de um eventual mandante foi descartada.

CASO
O atentado a Bolsonaro ocorreu em 6 de setembro de 2018, durante um ato de campanha em uma rua do centro de Juiz de Fora. Adélio Bispo foi preso no mesmo dia e teria confessado a facada, segundo a polícia. Em março de 2019, Adélio passou por exames e laudos apontaram que ele tem transtorno delirante permanente paranoide e, por isso, conforme o documento, foi considerado inimputável.