Morre Jaime Porto presidente do Sinprafarmas

Ele foi um dos fundadores do Sinprafarmas, isto em 1988 e presidiu a entidade sindical até o ano passado

6 MAI 2020 • POR • 19h15
Jaime Porto foi sepultado no final da tarde no Cemitério da Filosofia - Divulgação

O sindicalismo da Baixada Santista está de luto. Morreu nesta quarta-feira (6), aos 68 anos, Jaime Porto, líder sindical que presidiu por mais de 30 anos  o Sindicato dos Empregados de Farmácias e Drogarias de Santos e Região (Sinprafarmas).

Jaime foi um dos fundadores do Sinprafarmas, isto em 1988 e presidiu a entidade sindical até o ano passado, quando se afastou devido aos graves problemas de saúde.

Sua atuação em defesa dos trabalhadores em farmácias e drogarias não ficou restrito apenas à região de Santos. Foi também um combativo dirigente sindical junto ao Congresso Nacional, em Brasília. Sua atuação, também atravessou fronteiras ao denunciar à OIT, em Genebra, na Suíça, e com isso, coibir a iniciativa de cooperativas de serviços de tentarem se instalar no setor farmacêutico, visando a área de manipulações de medicamentos.

Jaime Porto foi sepultado no final da tarde no Cemitério da Filosofia. O velório foi restrito aos familiares, devido à pandemia da Covid-19.

Sindicalistas da Região manifestaram seus votos de pesar. Lamentaram não poderem ter tido a oportunidade de se despedirem do sindicalista com um último adeus.

Foi o caso de Rute Coelho, presidente do Sindvestuário. "Era amiga dele há mais de trinta anos. Lutamos juntos contra injustiças e melhores condições de vida para os trabalhadores. Ele foi um dos fundadores da Força Sindical", mencionou a sindicalista.

Perfil

Catarinense de nascimento, gaúcho por opção e santista, de coração e por adoção, Jaime Porto, viveu intensamente o sindicalismo por mais de 30 anos. Ajudou,em 1998, a criar e fundar o Sindicato dos Práticos em Farmácias e Drogarias de Santos. Após uma infância pobre, veio para Santos, onde estudou e conseguiu um emprego no setor farmacêutico. Aqui nasceram seus filhos: Luciana e Leonardo e também seu neto Arthur.

A música de Roberto Carlos “Um milhão de amigos”, se encaixou perfeitamente nesse catarinense/gaúcho, que foi conquistando amigos por onde passou.

Só o tiravam mesmo do sério e daí a discussão era calorosa, quando alguém falava mal do Santos FC, do qual era sócio e torcedor fanático. Quando tinha uma pausa na luta sindical, corria para o estádio Urbano Caldeira, para ver e aplaudir seu Peixe.